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No Brasil, Huawei aposta em serviços públicos na nuvem

Governo brasileiro está na meta da empresa, que planeja ser um dos principais fornecedores de nuvem do mundo
No Brasil, Huawei aposta em serviços públicos na nuvem

O Brasil tem hoje 22 ministérios, duas secretarias e quatro órgãos que possuem status de ministérios. Os dados, sistemas e informações gerados por essa estrutura estão espalhados por uma centena de Data Centers. É essa demanda que a Huawei está de olho. Amparada por sua experiência acumulada na China, a empresa tem como meta ser um dos principais fornecedores de nuvem para o governo brasileiro.

“A adoção da tecnologia de nuvem enfrentou no setor público as mesmas barreiras do privado, principalmente no que diz respeito à segurança e qualidade”. Liu Wei

Além de estabelecer presença local – o VP de relações governamentais e comunicações da companhia Liu Wei está há 1,5 ano em Brasília -, a Huawei está a ponto de fechar contratos com o governo federal. Segundo Wei, a adoção da tecnologia de nuvem enfrentou no setor público as mesmas barreiras do privado, principalmente no que diz respeito à segurança e qualidade.

Segundo o executivo, boa parte da infraestrutura do governo possui investimentos duplicados, o que por si só já exige uma centralização. Além disso, o gerenciamento desses data centers tende a se tornar cada vez mais complexo, o que exigirá mais recursos para mantê-los.

“A migração não é necessária somente do ponto de vista técnico, mas também financeiro. O governo precisa reduzir gastos com tecnologia”, diz. Embora avalie que há maturidade para a transformação digital, o executivo acredita que ela exigirá tempo, pelo menos nas instituições públicas.

A estrutura local, desenvolvida em parceria com a Vivo, é um dos pilares que ajudarão a Huawei a conquistar espaço junto ao setor público. “Construímos uma estrutura de suporte no Brasil para o Brasil, que incluiu também a criação de um ecossistema capaz de atender às mais diversas demandas”, diz ele, que ressalta que o mercado busca uma infra local para atender a legislação local, cobrança em real e oferecer menor latência no acesso a sistemas e dados.

A construção da infraestrutura local faz parte da estratégia global da companhia. A meta é construir uma das cinco maiores nuvens do mundo. A empresa aposta que, com o avanço da tecnologia digital e da economia de escala necessárias para o seu crescimento, as nuvens globais devem convergir tornando-se cada vez centralizadas. Para concretizar essa projeção, a empresa pretende construir uma rede de nuvem global, baseada em suaas nuvens públicas já construídas com os parceiros.

No Brasil, a empresa tem parceria com a Vivo. Na Europa, os parceiros são Telefônica (Espanha), Orange (França) e Deutsche Telekom (Alemanha). O modelo de negócios, segundo o CEO da Huawei Guo Ping, será monetizar a tecnologia e os serviços, não os dados. Capacidades em Big Data e Inteligência Artificial atenderão a demanda de atualização e inovação dos serviços.

No Brasil, a empresa oferece, em parceria com a Vivo, serviço de Open Cloud e Cloud Server. O primeiro é um serviço de nuvem pública baseado no padrão OpenStack. Já o Cloud Server foi implementado na plataforma Huawei e possibilita a implantação de um serviço de nuvem de forma mais rápida e fácil.

*A jornalista viajou a Brasília a convite da Huawei

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