A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho tem reduzido, mas ainda está longe do ideal e isso é uma percepção clara da profissional que divide bancada com o gênero oposto. Na área da tecnologia, o cenário não é diferente e as mulheres continuam em desvantagem. Segundo pesquisa realizada somente com profissionais de tecnologia pela Catho, em parceria com a UPWIT, (Unlocking the Power of Women In Technology), e com a Revelo, 51% das mulheres da área dizem já ter sofrido discriminação em seu ambiente de trabalho.
Entre os homens este índice é de 22%. Quando a pesquisa inclui outras áreas, o número diminui para 40% entre as mulheres e muda em 28% para os homens, mostrando que o problema em tecnologia é ainda maior.
Do total de entrevistadas, 46,6% acreditam que as oportunidades de crescimento em suas empresas são ruins ou péssimas, e apenas 3% acreditam que suas oportunidades de crescimento são excelentes. Além disso, do total das respondentes, apenas 11% apontam que a diversidade de gênero é uma prioridade para as suas organizações.
Segundo estudos da Catho, a área da tecnologia é uma das que mais contrata atualmente e está em pleno crescimento. No entanto, a pesquisa mostra que ainda existem menos oportunidades para as mulheres do que para os homens também na hora de uma promoção. Dos homens entrevistados, 19% contam que já foram promovidos mais de 3 vezes, entre as mulheres apenas 10%.
“A evolução tecnológica, como a popularização da realidade aumentada e o incremento das negociações via e-commerce, tem feito com que profissionais dessa área sejam cada vez mais necessários. As mulheres estão ocupando mais este espaço, mas ainda carecem de oportunidades para desenvolver suas carreiras”, diz Daniela Giugliano, gerente de produtos da Catho.
Carreira e capacitação
Quando questionados se desejariam assumir um cargo de diretor, 69% dos homens responderam que sim, contra 59% das mulheres. Em relação ao investimento em cursos, tanto homens quanto mulheres que trabalham com tecnologia mostraram que estão equiparados.
Entre os homens, 46% disseram estar matriculados em algum curso, e entre as mulheres, o número foi de 47%. Mas mulheres superaram os homens com vivência internacional. 17% das mulheres disseram possuir alguma experiência profissional no exterior, contra 12% dos homens.
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