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Manual do Data Center 2.0: velocidade, gestão e controle

A crescente demanda de clientes e usuários, novos tipos de cargas de trabalho regados a bilhões de compartilhamentos diários e tecnologias como Analytics e IoT exigem mais dos data centers. Com toda essa seara, o digital quebrou paradigmas, transformou hábitos e modelos de negócios, chegando no mercado de data center. Para atender às exigências desta nova era, às empresas precisam rever os perfis de atuação dos seus centros de dados, estando alinhadas com essa revolução tecnológica.

A tendência para as empresas é fornecer um nível de serviço ligado à necessidade do negócio do cliente, além de um consumo responsável e assertivo dos recursos computacionais. Primeiramente, o data center da era digital tem que atender três princípios básicos. Ele precisa ser ágil, dinâmico e integrado, sem esquecer de desafiar o tradicional, de alocar recursos suficientes e estar preparado para correr riscos maiores, já que vivenciamos tempos perigosos de WannaCry e Petya.

A estratégia de infraestrutura deve ser orientada ao negócio e não mais à tecnologia. Hoje, cada vez mais as áreas de negócio e as aplicações se utilizam de metodologias ágeis, antecipando lançamentos de produtos. Para se ter uma ideia, há dois anos, por exemplo, um novo release de software demorava em média seis meses para ficar pronto, hoje este lançamento pode ser diário. De acordo com a Cisco, até 2019 serão trafegados mais 12 zettabytes nos data centers do mundo inteiro, algo relacionado a uma taxa de crescimento de 27% entre 2015 e 2020, ocasionados, principalmente, pelo advento de novos conceitos como o IoT e o Big Data.

Como nem só de teorias vive o mundo da TI, a empresa precisa aliar a sua estratégia, ao menos, quatro tecnologias vitais e de ponta para ter um data center da era digital. O primeiro é o Software Defined Datacenter. Por meio das camadas de gestão e automação, é possível criar um único painel de gerenciamento, que permite centralizar e simplificar o controle de sua infraestrutura, não importando o tipo de hardware que está sendo utilizado, seja servidor, storage ou redes, ou a espécie de nuvem definida.

Com a tendência da descentralização do processamento, a integração se torna vital para conseguir a informação de forma rápida e consistente. Por isso, as arquiteturas devem ser orientadas ao modelo de negócio das empresas. Neste sentido, o “White/brite-box devices” ganha forte presença no mercado devido aos grandes players de cloud e deve estar em qualquer desenho de arquitetura de data center na era digital.

A outra tendência é Infraestrutura Hyper-convergente. Nela as organizações tem a infraestrutura de virtualização, servidores, storage e redes fáceis de gerenciar e totalmente escaláveis. Ótima para grandes varejistas que duplicam as suas demandas em períodos sazonais, como o Natal, por exemplo. Já containers e orquestração surgem como a quarta tecnologia vital. Produtos como dockers, jenkins, github, saltkstack, kubernets, puppet e outros permitem trabalhar com os workloads do seu data center de forma híbrida e automatizada.

Vale ressaltar que contar com um serviço de monitoração end-to-end de todo processo e ter a capacidade de reagir em casos de incidentes também são fatores essenciais para o sucesso de sua estratégia de Data Center 2.0. Serviços para gerenciamento de orquestração e automatização aliados às melhores tecnologias são vitais para análise e gestão adequadas de todo data center automatizado, com o objetivo de entregar ao cliente a velocidade exigida, sem perder a gestão e o controle.

*Bruno Faustino é diretor de Data Center e Cloud Computing da SONDA

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