A geladeira avisa que o leite está estragado. Em uma reunião, em vez de teleconferência, você usa um holograma para melhor interagir em sala. O fogão desliga quando a comida queima. São situações que lembram muito os livros do norte-americano Philip K. Dick, escritor de ficção científica que alterou profundamente este género literário. Mas é a mais pura realidade do que pode ser oferecido pela Internet das Coisas.
“Hoje é possível utilizá-la em várias circunstâncias do nosso cotidiano. E as empresas precisam ficar atentas a esta mudança tão importante quanto a Revolução Industrial”, afirma o estrategista em marketing Gabriel Rossi.
Um exemplo da “Internet das Coisas” ligada a mercados consumidores, segundo o executivo, acontece quando uma pessoa sai para a corrida diária e seu tênis transmite dados do exercício para o celular que, via aplicativo, analisa o desempenho do atleta e compartilha nas redes sociais.
“É uma novidade que já movimenta bilhões de reais. Estudos recentes revelam que, somente no Brasil, cerca de US$ 2 bilhões devem girar em torno da IoT nos próximos anos – no mundo, mais de US$ 8,9 trilhões serão gerados até 2020”, relata Rossi.
Para o especialista, o futuro das marcas será muito mais ligado a como as informações e objetos se conectam, em vez da conexão com as pessoas. “Várias questões podem ser aproveitadas pelas empresas. Um exemplo é a fácil troca dos dados de vendas. Sabendo quando, porque e onde os produtos estão sendo comprados, será mais fácil criar estratégias e oferecer experiência sob medida para clientes específicos. Dispositivos inteligentes poderão reunir esses dados e fornecê-los de volta em tempo real, sem a necessidade de profissionais de TI para direcionar ou monitorar a interação”, destaca.
Segundo Rossi, também será possível desenvolver campanhas publicitárias mais inteligentes. “Qualquer esforço nessa área terá que estar totalmente ligado aos interesses, comportamento e compras passadas do consumidor”, finaliza Gabriel.
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