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Inove e seja disruptivo, mas não esqueça da gestão colaborativa

Disrupção é a palavra do momento. Toda empresa quer inovar, investir milhões em tecnologia, ter os melhores profissionais do mercado. Diariamente ouvimos sobre startups, unicórnios, grandes companhias que nascem, inúmeras outras que fecham – estas engolidas por modelos cada vez mais competitivos.
Mas o que fazer para se diferenciar? A estratégia central é perceber a mudança e adaptar-se a ela com muita rapidez antes da concorrência. É fundamental ter investimentos maciços para deixar a empresa cada vez mais competitiva, porém, o grande segredo é investir em pessoas, trazer os colaboradores para perto da alta gestão, ouvi-los, instigá-los a inovar e a errar. Erros são riquezas e essas joias serão lapidadas e trarão lucros.
No empreendedorismo colaborativo o segredo é não ficar apenas em estratégias. O verbo central é agir. Com ação é possível que os colaboradores se envolvam 100% com o negócio a ponto de torná-los donos, bonificando-os por cada atitude, por maior ou menor que seja. Felicidade traz retorno financeiro. Ter uma empresa comprometida na geração de receita futura aliada à cultura de inovação é o diferencial em um mercado competitivo. E inovar tem receita zero, já que significa abraçar o futuro e o futuro não emite nota fiscal. Os resultados e os lucros são conquistados quando o futuro se torna presente.
Ser apaixonado pelo que faz e ter o trabalho como divertimento é um dos impulsionadores para o sucesso de uma empresa. Em pleno ano 2020 não é mais permitido ter aquela mentalidade de trabalho, estresse, cansaço, cobranças e falta de atitudes. Quando a direção e os colaboradores amam o que fazem o produto entregue ao consumidor final fica de alta qualidade e preço baixo.
No mundo dos negócios nos dias hoje, felicidade e bem-estar equivalem a lucro. Felicidade dá resultado financeiro. É fácil medir os lucros de uma empresa, mas não é fácil medir o grau de confiança e liderança. Se alguém deixar de atingir uma meta, pode talvez levar um puxão de orelha, mas se deixar passar uma oportunidade milionária, aí ninguém fala nada. E as decisões são horizontais e não mais de cima para baixo, e uma ideia bilionária pode partir de um horista ou de quem está mais perto do trabalho.
É fato que muitos profissionais juntos são mais inteligentes do que poucos, pois o trabalho hoje é por entrega e não mais por hora. A maior paixão de um empreendedor é fazer sua equipe crescer e, atualmente, o que gera riqueza é a produção intelectual e não mais tarefas rotineiras. Hoje, se ganha dinheiro com neurônios felizes. É fundamental ter cuidado e não desperdiçar os cérebros de uma empresa. É importante criar condições favoráveis à manifestação da genialidade latente nos profissionais, além de identificar e satisfazer suas legítimas necessidades. E para isso é essencial que eles sejam livres. Mas liberdade não é fazer o que queremos ou desejamos, mas ter o direito de fazer o que devemos.
O aprendizado é o capital do futuro. A inteligência coletiva é a maior riqueza do ser humano. Para se sobressair como empresa de sucesso é primordial ter poder através das pessoas (e não sobre elas!). E para se conseguir chegar a esse patamar, é preciso ser amado pelos colaboradores, pois uma organização de sucesso funciona como um organismo vivo, descentralizada. A descentralização é possível quando vem acompanhada de confiança, o maior ativo intangível.
Um verdadeiro líder é quando ele cria muitos líderes, uma fábrica de líderes, inclusive a tal ponto desse líder se tornar desnecessário. O insubstituível não pode ser promovido. Então, que os colaboradores se finjam de patrão, mas façam isso de verdade. Garanto que o gestor vai amar essa atitude e o colaborador aprenderá a ser um empreendedor.
Por Claudio Zini, diretor-presidente da Pormade Portas

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