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Indústria 4.0 pode economizar R$ 73 bilhões para o Brasil

Segundo a ADBI, o custo da ineficiência está saindo muito caro para o País
Indústria 4.0 pode economizar R$ 73 bilhões para o Brasil

A adoção de conceitos da Indústria 4.0 na matriz produtiva brasileira poderia gerar uma economia de R$ 73 bilhões ao ano. O número equivale à soma de todas as riquezas dos estados de Roraima, Amapá, Acre e Rondônia em 2015, que registraram, juntos, um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 72 bilhões.

“Introduzir as técnicas no País garante que as empresas possam ganhar mercado lá fora, pois, o Brasil está pagando caro pela sua ineficiência”, Guto Ferreira

Segundo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, a introdução de técnicas da indústria 4.0 ajuda principalmente na manutenção de equipamentos, a ABDI estima que a redução dos custos com reparos pode chegar a R$ 35 bilhões ao ano. Os ganhos de eficiência produtiva correspondem a uma economia de R$ 31 bilhões. Os R$ 7 bi restantes são em diminuição no gasto com energia.

“Falamos de inteligência artificial, robótica, análise de dados e a internet das coisas trabalham de forma integrada. Sensores permitem a rastreabilidade e o monitoramento remoto de todos os processos”, explica Ferreira.

Outro benefício da Indústria 4.0 é a produção com menores impactos ambientais. “A otimização dos processos industriais pode levar a uma redução das emissões de CO2”, aponta o presidente da ABDI. Ele ainda destaca que é possível monitorar de forma pontual cada parte do processo produtivo. “Isso resulta em uma produção mais sustentável, controlada e com menos gastos desnecessários. O consumo elevado de recursos naturais tende a cair”.

A ABDI participa do grupo de trabalho do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que está definindo as estratégias de implementação da Indústria 4.0 no Brasil. As empresas mais competitivas do ramo industrial já aderiram ao conceito. “Introduzir as técnicas no País garante que as empresas possam ganhar mercado lá fora, pois, o Brasil está pagando caro pela sua ineficiência”, conclui Ferreira.

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