Há cerca de 20 anos, Inteligência Artificial era apenas um conceito da ficção científica, um verdadeiro mito. Pensávamos que as máquinas jamais poderiam ter características inteligentes, sendo estas qualidades exclusivamente atribuídas à raça humana. Já hoje, IA é uma realidade em plena utilização por diversas empresas, tornando-se uma rotina com previsão de crescimento exponencial. Muito disso foi impulsionado pela nuvem que emprega grande poder computacional e escalabilidade de forma simples, com poucos cliques e custos viáveis.
IA é fundamental na gestão de dados. Há dois anos, já tínhamos 33 zettabytes, levando a IDC a prever que, em 2025, 175 zettabytes (175 trilhões de gigabytes) de novos dados serão criados em todo o mundo. Ou seja, é impossível pensar nesse volume de dados sem o auxílio do Machine Learning (ML) e IA.
Por meio da IA é possível diferenciar, otimizar e até transformar o negócio ganhando também competitividade. Captar os dados e desenvolver modelos de análises estão cada vez mais fáceis, sendo um dos principais fatores limitantes é a interpretação humana que é dada à informação gerada. Existem várias aplicações para a IA, desde análises de dados externos, de vendas, de produção, de exames em hospitais e até mesmo o retorno pós-quarentena aos escritórios – e a combinação de todos eles.
A IA e a experiência do usuário
Com a pandemia do Covid-19 forçando mais e mais pessoas a trabalharem no modelo remoto, a habilidade das empresas em proverem uma boa experiência aos funcionários – sem renunciar à segurança ou à performance de acesso aos dados e às aplicações – será testada de novas formas.
Com foco na experiência do usuário e no bem-estar digital das pessoas que estão trabalhando de casa, o desempenho do ambiente de trabalho tem um impacto significativo na produtividade. As pessoas não precisam estar online 24×7 para serem produtivas, gerando esgotamento profissional e outros desgastes neste novo coworking familiar. Usando a ferramenta correta, 90% dos trabalhadores se tornam mais criativos e inovadores conforme aponta uma pesquisa da Quartz realizada em sete países no ano passado.
Já existe um ambiente de trabalho digital em que o usuário remoto ou do escritório tem uma experiência unificada e fluída ao longo da sua jornada diária. Por meio da Inteligência Artificial o ambiente digital aprende quais são as principais funções dentro de uma aplicação usadas no dia a dia e que a fornece como uma notificação buscando evitar a cada tarefa realizada a troca de tela, ou novo login ou mesmo a busca pela função dentro da aplicação. Pois, um estudo da ‘The American Psychology Association’ indica que a troca de tela/aplicações pode consumir até 40% da produtividade de um funcionário. Sendo assim, em um ambiente normal de trabalho, trocamos de tela perto de 400 vezes ao dia e demoramos cerca de 20 minutos para retomar o foco às atividades.
Ainda, segundo o estudo da Quartz, três em cada quatro pessoas disseram que a tecnologia deveria eliminar atrito e automatizar tarefas rotineiras. Com Inteligência Artificial, o ambiente de trabalho digital “aprende” atitudes perante uma tarefa e automatiza a execução e o workflow a fim de que o usuário tenha tempo para focalizar em tarefas mais estratégicas relacionadas às atividades-fim da sua empresa. Além de melhorar a produtividade, a Inteligência Artificial (Analytics) já é utilizada para avaliar o comportamento do usuário e das aplicações.
Segurança
Imagine uma camada de IA permeando desde o usuário até suas aplicações, passando pelos dados e toda infraestrutura de rede, independente se estão no datacenter corporativo ou na nuvem pública/privada. O uso de IA tanto para performance quanto para segurança, consolida as métricas em um dashboard simples que possibilita a análise da experiência do usuário, bem como, a otimização do ambiente de virtualização remota.
É possível consolidar métricas independentemente se o ambiente está na nuvem pública/privada ou/e on-premises por meio de um relatório único. A IA detecta e analisa comportamentos estranhos, como acesso de diferentes localidades, downloads de altos volumes de dados, tentativas falhas de logins, tudo já com padrões pré-determinados e aprendidos por usos anteriores. Dessa forma, o sistema pode tomar uma ação imediata, como deixar o usuário de quarentena, mandar um alerta ou bloquear o acesso, ou ainda, ajudar no troubleshooting (forma como o problema é resolvido) do suporte técnico.
É neste momento que o Analytics entra em cena. Pois, ele é capaz de ajudar os administradores de TI a localizar a raiz de problemas, tanto de performance quanto de segurança, na infraestrutura e impactos que afetam aos usuários.
A IA pode não resolver todos os nossos problemas do mundo mas, certamente, ela é soberana no apoio a organizar, guiar, automatizar aplicações e dados – além de garantir segurança e performance do ambiente.
Por Luciana Pinheiro, diretora de Vendas da Citrix Brasil
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