GTP investe R$ 1 milhão em solução com drone para logística

O mercado de drones no Brasil está em plena expansão. Mesmo antes da regulamentação do setor, aprovada em maio pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o setor contabilizava cerca de 700 empresas que já operavam os equipamentos. Com estimativas de apresentar um crescimento de 39% neste ano e dobrar de tamanho nos próximos dois anos, os drones saem da ficção para o uso profissional, já sendo usados em projetos de monitoramento e logística.

De olho no potencial desse mercado, a GTP desenvolveu em parceria com a Zebra Technologies um software capaz de controlar estoques e possibilitar inventários mais precisos com o uso de drones. Com investimentos de R$ 1 milhão para os próximos 3 anos, a empresa desenvolveu uma ferramenta de inventário integrada com softwares de geolocalização e sensores em drones.

“As tarefas de inventário são repetitivas e sem nenhum emprego de raciocínio lógico, o que é um desafio aos seres humanos, em especial quanto a manter o foco e consequentemente serem produtivos e assertivos. Logo o erro é inerente a esta atividade. Os drones são autômatos, capazes de fazer grandes tarefas em pouco tempo”, explica Luiz Araújo, diretor de operações da GTP.

Segundo o executivo, o principal desafio para a GTP neste ano é quebrar paradigmas da logística demonstrando a viabilidade da tecnologia no aumento de produtividade e na redução de custos. Ele destaca, por exemplo, que a solução com drones promete gerar economia de 90% no custo de realização de inventários.

O drone da GTP utiliza a tecnologia RTLS (Real Time Location System). Seus sensores aéreos determinam a rota de voo e geram dados que são automaticamente cruzados com o WMS (Warehouse Management System), realizando assim o inventário de forma precisa.

Capaz de medir a distância relativa entre a altura onde se encontra e a dos paletes, o equipamento envia imagens em tempo real do estoque através de telemetria e calcula a quantidade de produtos existentes no armazém. O sistema também monitora e localiza em tempo real a movimentação de paletes, empilhadeiras e pessoas, prevenindo assim acidentes ao emitir um sinal para o colaborador e para o veículo.

“Durante o sobrevoo, todas as quantidades de produto são confrontadas com os volumes armazenados, as entradas e as saídas. O saldo será o resultado real do estoque. A geolocalização faz em minutos o que antes era feito em até duas horas por um ou dois funcionários”, explica Jorge Fragoso, Chief Solution Architect da GTP.

O drone já foi testado em duas das maiores empresas do País. Em uma delas, do mercado de óleo e gás, foi aplicado para gestão de ativos e construção de dutos de transporte de óleo entre duas refinarias distantes 50 km. Na outra, do setor de bebidas, gerou redução de 90% nos custos operacionais com inventário.

A GTP possui um laboratório para trabalhar novos projetos. Sem dar detalhes, Araújo conta que está trabalhando em projetos confidenciais que os clientes nos trouxeram como importantes desafios.