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Fintechs ganham mercado durante a pandemia

Setor cresceu 34%, ultrapassando 800 empresas no ano passado, graças ao aumento nos serviços digitais
Fintechs ganham mercado durante a pandemia

No ecossistema brasileiro de startups, as fintechs (empresas de serviços financeiros baseadas em tecnologia) são o maior destaque. Em 2020, o setor cresceu 34% em comparação com o último ano, chegando a mais de 800 empresas. Há quatro anos, eram apenas 85, de acordo com o estudo Distrito Fintech Report.

Ao contrário de muitos setores que foram afetados negativamente pela pandemia, as fintechs viram uma oportunidade de crescer ainda mais com a grande expansão dos pagamentos digitais em meio ao isolamento social. O contexto nacional, com novidades como o Pix e o Open Banking, também ajudou.

Muitos investimentos em fintechs vêm de grandes bancos que já perceberam a necessidade de inovar, desenvolvendo alguns serviços semelhantes aos das startups ou se associando a elas

“O crescimento das fintechs na pandemia foi impulsionado pela necessidade do pequeno empreendedor de fazer a sua transformação digital para poder continuar vendendo e fazendo negócios a partir do ambiente de home office. O que deveria acontecer em 4 ou 5 anos, aconteceu em 3 meses”, comenta Piero Contezini, CEO da fintech Asaas.

O segmento também é o que mais atraiu aportes entre as startups no ano. Mais de US$ 1 bilhão foram investidos em cerca de 70 rodadas, segundo o Inside Venture Capital Brasil. A relevância desses números se torna ainda maior quando associada ao cenário nacional, onde mais de 70% das startups nunca receberam nenhum tipo de investimento, como aponta a Associação Brasileira de Startups (Abstartups).

Uma das fintechs que colaborou com as boas estatísticas foi o Asaas, que oferece uma solução completa para gestão de cobranças, pagamentos e antecipações focada em profissionais autônomos e micro e pequenos empreendedores. Em outubro, a empresa recebeu um aporte de R$ 37 milhões liderado pelo Inovabra Ventures, do banco Bradesco.

Assim como esse, muitos investimentos em fintechs vêm de grandes bancos que já perceberam a necessidade de inovar, desenvolvendo alguns serviços semelhantes aos das startups ou se associando a elas. Com o Open Banking, a tendência deve aumentar ainda mais, favorecendo o consumidor — já que, quanto maior a concorrência, menores os preços e melhores os serviços.

“Aqui no Asaas, estamos no melhor momento possível: temos investimento, uma base de clientes boa e uma parceria que consegue nos ajudar a dar o crédito certo para a pessoa certa e  impulsionar os negócios”, pontua Contezini.

O crescimento da vertical de negócio também tem gerado muitas oportunidades de contratações mesmo em um cenário nacional de desemprego. Hoje, já são mais de 40 mil pessoas trabalhando em fintechs no País.

O Asaas é um dos exemplos entre as scale-ups, empresas que crescem pelo menos 20% ao ano em número de empregados por três anos consecutivos. A fintech passou de 19 colaboradores, em 2017, para mais de 150, em 2020. “Estamos com vagas abertas e, com o aporte que recebemos, a expectativa é chegar a 300 colaboradores em 2022”, informa Contezini.

Serviço
www.asaas.com

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