O IEEE (Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas), organização profissional técnica responsável por normas e padronizações (por exemplo, o conhecido IEEE 802.11b/g/n para wireless) divulgou os resultados do estudo internacional Geração IA 2020: Saúde, Bem-Estar e Tecnologia em um Mundo Pós-covid. O objetivo era investigar a confiança que pais da geração Y com filhos da geração Alfa (menores de 11 anos) têm na Inteligência Artificial (IA) e tecnologias emergentes para a saúde e o bem-estar de suas famílias. Foram ouvidos 2 mil pais, de 24 a 39 anos, do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Índia e China com pelo menos um filho dessa geração. Em cada país, foram realizadas 400 entrevistas entre 25 de setembro a 6 de outubro de 2020.
Mais da metade (51%) dos pais brasileiros deixariam seus filhos sozinhos em casa em tempo integral aos cuidados de uma babá robô, o que é surpreendente. Nos demais países pesquisados a proporção é de 37% nos EUA, 54% no Reino Unido, 76% na Índia e 80% na China. Em âmbito global, 66% dos pais adotariam uma babá robô para cuidar de seus filhos enquanto trabalham remotamente de casa. A maioria dos pais (71% Brasil, 54% EUA, 68% Reino Unido, 81% China e Índia) concorda em ter uma babá robô para ajudar seus filhos a fazer o dever de casa, aliviando a estresse relacionado à pandemia. Discordam desta posição 23% no Brasil, 39% nos EUA e 27% no Reino Unido.
As ferramentas de telessaúde, inteligência e monitoramento remoto estão ajudando a enfermagem a expandir o cuidado além do monitoramento pessoal ao lado do leito, criando um enfermeiro praticamente virtual. Dessa forma, 54% do universo entrevistado sentem-se extremamente ou muito confortáveis em deixar seus filhos sob os cuidados de um enfermeiro virtual equipado com IA durante a hospitalização. No Brasil, 50% dos pais têm esta percepção, enquanto que em outros países as porcentagens foram 29% nos EUA, 52% no Reino Unido, 69% na Índia e 71% na China.
Os robôs de limpeza foram implantados durante a pandemia para várias tarefas, desde desinfetar áreas com luz ultravioleta e esfregar pisos, ajudando a manter os ambientes higienizados. A grande maioria (89%) dos entrevistados globalmente disse ter alguma confiança em robôs para limpar ou higienizar espaços públicos, como metrôs, estações de ônibus, aeroportos, cinemas, restaurantes e escolas. Deste universo, 44% têm total confiança.
Durante a pandemia, a impressão 3D foi usada para criar equipamentos de proteção individual, dispositivos médicos e testes de maneira inovadora. Os pesquisadores também estão usando essa tecnologia para desenvolver órgãos, incluindo corações que usam células humanas, colágeno e moléculas biológicas. Na pesquisa, 63% dos pais da geração Y em todo o mundo disseram que ficariam muito confortáveis em permitir que um coração impresso em 3D devidamente testado ou totalmente funcional seja implantado em seus filhos, se necessário, embora 11% não se sintam confortáveis com a ideia.
Já os robôs cirúrgicos movidos por IA estão trazendo inovações e precisão para a sala de cirurgia. Globalmente, a maioria dos pais são extremamente (29%) ou muito (31%) propensos a permitir que robôs inteligentes conduzam cirurgias em seus filhos; e 64% estariam extremamente ou muito propensos a conversar com um chatbot baseado em IA e reconhecimento de voz para diagnosticar doença em seu filho.
Em relação a ônibus escolares autônomos, 58% dos pais em todo o mundo são extremamente ou muito propensos a permitir que seus filhos usem esse transporte, desde que testados e aprovados como seguros e com um robô zelador.
Serviço
https://transmitter.ieee.org/health-wellness-2020
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo