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Estudo aponta que união de bancos e FinTechs é questão de sobrevivência

Pesquisa da Capgemini indica que os dois lados ainda não sanaram questões e barreiras, culturais e operacionais, que acabam por minar essa relação
Estudo aponta que união de bancos e FinTechs é questão de sobrevivência

transformação digitalCriado pela Capgemini e a Efma, o estudo World FinTech Report 2020 indica que a colaboração entre os bancos e as FinTechs é essencial para que as instituições financeiras tradicionais consigam sobreviver, especialmente diante dos reflexos da pandemia com a Covid-19, como a recessão econômica. Pior, ou mais complexo, é que as Big Techs – empresas como Google, Apple, Ali Baba etc – também assediam os clientes e querem fatias dos serviços financeiros.
“O mundo mudou dramaticamente nos últimos dois meses. As empresas evoluirão e emergirão da crise do Covid-19 de maneiras diferentes e profundas. Para os bancos tradicionais, isso se traduzirá em uma necessidade ainda maior de experiência digital por meio de mais colaboração com a FinTechs”, afirmou Anirban Bose, CEO dos Serviços Financeiros da Capgemini e Membro do Conselho Executivo do Grupo.

O mundo mudou dramaticamente nos últimos dois meses. As empresas evoluirão e emergirão da crise do Covid-19 de maneiras diferentes e profundas. Para os bancos tradicionais, isso se traduzirá em uma necessidade ainda maior de experiência digital por meio de mais colaboração com a FinTechs 

Entre as principais conclusões do relatório é possível destacar:
-Os consumidores permanecem desapontados com os bancos tradicionais. Afinal, estes favoreceram a experiência de front-end na última milha, dando lugar a clientes bancários insatisfeitos, 50% dos quais disseram que não tiveram uma experiência integrada e 60% dizem que não podem fazer pagamentos por débito direto em vários sites comerciais.
-Os bancos que priorizam a colaboração prosperarão;
-Os bancos líderes que possuem uma equipe de colaboração autônoma e dedicada demonstraram uma abordagem rápida à inovação para determinar o valor e reduzir rapidamente as perdas;
-A estrutura é essencial para que as parcerias entre bancos e as FinTechs sejam bem-sucedidas
-A colaboração eficaz exige maturidade de pessoas, negócios e processos. Para os bancos tradicionais, a falha pode ser evitada com a vontade de colaborar em escala e “industrializar a inovação” para prosperar no ecossistema compartilhado do Open X;
Ou seja, esta relação (ou a ideia de realizar operações em conjunto) não é algo orgânico para muitos dos seus entes e esbarra em problemas e barreiras, dentre as mais importantes e evidentes:
-Apenas 21% dos bancos dizem que seus sistemas são ágeis o suficiente para colaboração;
-Apenas 6% dos bancos alcançaram o ROI desejado com a colaboração;
-70% das FinTechs não vêem, nos campos cultural ou organizacional, o mesmo que seus parceiros bancários;
-Mais de 70% das FinTechs dizem estar frustrados com as barreiras de processo dos bancos;
-Metade dos executivos das FinTechs afirma que não encontrou o parceiro colaborativo certo.
Uma forma de fazer esta “cola” é o investimento no chamado do Open X. ou seja, fazer com que as corporações, qualquer uma, consiga oferecer serviços financeiros para seus clientes e usuários. “Os bancos tradicionais estão em um momento crítico. Eles devem abraçar o Open X ou correr o risco de se tornar irrelevantes “, disse John Berry, CEO da Efma. “Para acompanhar as constantes mudanças nas expectativas dos clientes no mercado de hoje, os bancos existentes devem se transformar em bancos inovadores com o apoio colaborativo de parceiros qualificados da FinTech”.
Se no Brasil os bancos principais tem como principal característica a inovação, o mesmo não acontece em outros países. Por isso a impressão do Estudo de que muitos bancos vão “sofrer” no mundo.

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