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Estudantes desenvolvem solução tecnológica para auxiliar a população

Focada em resolver problemas reais, a Trybe promoveu o segundo hackathon com estudantes de programação para criar o Central Covid
Estudantes desenvolvem solução tecnológica para auxiliar a população

Com a pandemia causada pelo coronavírus, algumas empresas desenvolveram ações para auxiliar a população em um momento tão complicado. Foi o caso da Trybe, escola referência em formação em programação, que promoveu um hackathon – maratona de programação – com seus estudantes para desenvolver, em pouco mais de um dia, uma solução tecnológica que auxiliasse as pessoas neste período.
O resultado foi a criação do Central Covid, um site contendo as últimas notícias sobre o vírus, o número de casos no Brasil e no mundo, dicas de segurança e saúde, além de instruções de como se adaptar ao estudo remoto, modalidade oferecida pela escola. Para a estudante Juliana de Fátima da Silva, de 30 anos, apesar do desafio, participar do projeto foi recompensador: “Foi uma experiência incrível, além de bastante desafiador, tendo em vista que tínhamos um prazo bem apertado. Ficamos totalmente imersos na construção do Central Covid. Vou levar esses conhecimentos para o âmbito profissional, pois pude aprender o quanto é importante criar um planejamento, as metodologias ágeis e a união dos times para o desenvolvimento de uma aplicação consistente. Ver na prática isso tudo acontecendo foi muito enriquecedor.”.
Para entregar o projeto, a Trybe reuniu quase 40 estudantes e parte de seu time, incluindo os sócio-fundadores. “Nós acreditamos no poder que a educação e a tecnologia têm para melhorar a vida das pessoas. Nossa metodologia é focada em ensinar os estudantes a lidarem com problemas e desafios reais, por isso começamos a questionar o que poderia ser feito de maneira rápida e efetiva”, explica Matheus Goyas, CEO e cofundador da escola.
Realizada de forma remota e com duração de mais de 25 horas, a maratona de programação foi um momento de colocar em prática, de forma intensa, os aprendizados obtidos pelos estudantes durante os primeiros meses de curso. Goyas destaca que o hackathon foi uma excelente oportunidade que os estudantes tiveram para utilizar suas habilidades de desenvolvimento web recém-adquiridas e apoiar a população em um problema real.
Esta não é a primeira vez que a escola desenvolve uma solução para ajudar a população em momentos de crise. Em fevereiro deste ano, quando Minas Gerais sofria com fortes chuvas, deixando 59 mortos e mais de 50 mil pessoas desabrigadas, a Trybe realizou seu primeiro hackathon com seus estudantes e juntos criaram o AjudaBH, um site com um mapa interativo para mostrar os locais que recebiam doações, abrigos e pontos de alagamento da cidade de Belo Horizonte.
O sistema funcionava como uma espécie de bússola para orientar os moradores em meio à confusão. Para o estudante Pedro Ferreira, de 27 anos – um dos desenvolvedores presentes no primeiro hackathon promovido pela Trybe – apesar do desafio, participar do projeto foi recompensador: “Sem dúvidas a gestão de tempo foi a parte mais difícil do processo, mas uma vez que dividimos as atividades entre os grupos e conseguimos colocar em prática as ideias, o projeto foi tomando forma. Tivemos a oportunidade de participar de todas as etapas de criação e planejamento e ver o produto final se concretizando até virar um site que vai ajudar a população”, conta.
Matheus Goyas celebra o sucesso dos dois projetos. “Estamos muito orgulhosos do que nossos estudantes estão desenvolvendo com poucos meses de curso e, mais ainda, de ver que o que estão aprendendo do ponto de vista técnico pode ser – e está sendo – usado para melhorar a vida das pessoas.” comemora o CEO.
A ESCOLA DO FUTURO
Em agosto de 2019, Matheus Goyas e os amigos de infância e antigos sócios de equipe do AppProva – startup de dados e avaliação fundada pelo grupo em 2012 – decidiram dar um novo passo para apoiar o cenário de empregabilidade no Brasil. Foi assim que nasceu, em agosto de 2019, a Trybe. A escola se destaca pelo foco na qualidade da formação de seus estudantes. A estimativa é de que o investimento realizado é cerca de três a quatro vezes maior que ofertas similares para a capacitação de cada pessoa que se forma no curso.
O principal diferencial da escola é um programa de aprendizagem de alta qualidade de seis horas por dia com duração de um ano criado sob medida para formar pessoas que atenderão às demandas das principais empresas do Brasil e do mundo. “Nosso objetivo é acelerar a carreira da pessoa em programação. A ideia é trabalhar ativamente desde o início do programa para preparar e conectar os estudantes com as nossas empresas parceiras”, enfatiza Goyas.
As empresas que precisam recrutar pessoas em desenvolvimento de software podem estabelecer parcerias com a Trybe sem nenhum custo, já que o único objetivo da escola é aproximar os melhores empregadores de seus estudantes para oferecer boas oportunidades profissionais. A ideia, segundo a empresa, é sempre trabalhar para maximizar o sucesso das pessoas. Atualmente, a Trybe possui fila de espera de empresas querendo ser parceiras, tamanha a demanda.
Os interessados em se formar na escola também são numerosos. Foram milhares de inscrições de pessoas interessadas em estudar nas últimas turmas, porém menos de 3% delas foram aprovadas – uma taxa de ingresso similar à de processos seletivos de universidades públicas e instituições estrangeiras renomadas. Isso porque o processo de seleção da escola é rigoroso e busca encontrar pessoas altamente esforçadas, capazes de aprender e decididas sobre a carreira em programação.
“A Trybe só ganha quando o estudante tem o sucesso profissional. Isso nos obriga a oferecer não só as melhores práticas de ensino, como também investir cada vez mais na qualidade e formação do estudante. Afinal, se nossos estudantes não forem bons profissionais, eles não terão sucesso e, consequentemente, nós perdemos com isso”, afirma o empreendedor. Aqui, Goyas se refere a outro diferencial da escola, o Modelo de Sucesso Compartilhado (MSC). Nele, o estudante não precisa arcar com nenhuma taxa ou mensalidade até conseguir um trabalho que pague no mínimo R$ 3.5 mil por mês. Isso significa que a Trybe só ganha quando os estudantes passam a ganhar de verdade.
A expansão também está no radar da escola. “Vamos expandir conforme tenhamos segurança que nossa qualidade está melhorando”, destaca o CEO da Trybe. Ainda neste ano, a escola espera abrir mais nove turmas e chegar a 600 estudantes. Até 2021, a startup, que atualmente tem hubs em Belo Horizonte, São Paulo, Itajubá e Florianópolis, além de operar em mais 12 cidades na modalidade sem hub, projeta alcançar a marca de três mil estudantes.
 

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