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Estudantes desenvolvem solução tecnológica para ajudar vítimas da tragédia de Belo Horizonte

A Trybe, escola do futuro referência na formação de profissionais digitais, realizou uma maratona de programação e criou o site AjudaBH
Estudantes desenvolvem solução tecnológica para ajudar vítimas da tragédia de Belo Horizonte

Nas últimas semanas, o estado de Minas Gerais sofreu com fortes chuvas, deixando 57 mortos e mais de 50 mil pessoas desabrigadas. Nos últimos 110 anos, janeiro foi o mês mais chuvoso em Belo Horizonte e bairros inteiros ficaram debaixo d’água, deixando a população em estado de alerta. Para ajudar a amenizar esses problemas, a Trybe – uma escola do futuro referência em formação para as profissões digitais mais procuradas pelo mercado e a que mais investe na capacitação dos estudantes – promoveu um Hackathon, maratona de programação, com seus estudantes durante um final de semana inteiro para desenvolver soluções para ajudar as vítimas afetadas pela tragédia.
A escola, que começou em Belo Horizonte, reuniu 20 estudantes e parte do time da Trybe, incluindo seus sócio-fundadores, nos Hubs da capital mineira e de São Paulo. “Aqui na Trybe nós acreditamos no poder que a educação e a tecnologia têm em melhorar a vida das pessoas. Nossa metodologia é focada em ensinar os estudantes a lidarem com problemas e desafios reais, por isso começamos a questionar o que poderia ser feito, de maneira rápida e efetiva, para atenuar os impactos das chuvas, que recentemente colocaram em risco a vida de muitos e foram fatais para outros. Foi assim que resolvemos fazer o primeiro HackaTrybe”, explica Matheus Goyas, CEO e cofundador da escola.
Segundo Matheus, esses estudantes começaram o curso de programação em setembro e já colocaram os aprendizados para apoiar a população em um problema real, que afetou a vida de muitas pessoas.
O resultado final foi a criação do AjudaBH, um site que contém um mapa interativo para mostrar os locais que recebem doações, abrigos e pontos de alagamento da cidade de Belo Horizonte, que pode ser acessado por qualquer pessoa de qualquer região. O sistema funciona como uma espécie de bússola para orientar os moradores em meio à confusão. Para o estudante Pedro Ferreira, de 27 anos, apesar do desafio, participar do projeto foi recompensador: “Sem dúvidas a gestão de tempo foi a parte mais difícil do processo, mas uma vez que dividimos as atividades entre os grupos e conseguimos colocar em prática as ideias, o projeto foi tomando forma. Tivemos a oportunidade de participar de todas as etapas de criação e planejamento e ver o produto final se concretizando até virar um site que vai ajudar a minimizar o impacto causado à população de Belo Horizonte”, conta o estudante.
Para Matheus Goyas, o projeto foi um sucesso. “Estamos muito orgulhosos do que nossos estudantes estão desenvolvendo com poucos meses de curso e, mais ainda, de ver que o que estão aprendendo do ponto de vista técnico pode ser e está sendo usado para melhorar a vida das pessoas.” comemora o CEO.
A ESCOLA DO FUTURO
Em agosto de 2019, Matheus Goyas e os amigos de infância e trabalho Claudio Lensing, João Daniel Duarte, Rafael Torres e Marcos Moura resolveram fundar a Trybe. A ideia surgiu a partir de um antiga inquietação do grupo em relação à educação no Brasil e da vontade de gerar mais oportunidades para as pessoas. O grupo viajou por 5 continentes para entender de forma mais profunda sobre o problema de empregabilidade, conversando com diversas organizações e pessoas, e perceberam que se tratava de uma questão global.
A escola iniciou sua primeira turma em Belo Horizonte (MG), em setembro de 2019, onde tiveram mais de 1.000 inscrições no primeiro processo seletivo e 10 pessoas aprovadas. Já na turma seguinte, a Trybe recebeu mais de 1800 inscrições e selecionou 15 estudantes. Com um crescimento acelerado, em janeiro de 2020 a escola recebeu inscrições de cinco mil pessoas e selecionou 100 delas para os Hubs de Belo Horizonte, São Paulo, Itajubá, Florianópolis e na modalidade sem Hub.
Entre os diferenciais da escola está o Modelo de Sucesso Compartilhado (MSC), em que a pessoa não precisa pagar nada até conseguir um trabalho que remunere no mínimo R$ 3.500,00 por mês. Ou seja, a Trybe só ganha quando os estudantes ganham de verdade. Apesar de novo no Brasil, esse modelo já é comum nos Estados Unidos, conhecido por lá como ISA (Income Share Agreement).
“Com um programa de aprendizagem de alta qualidade, mentorias individuais e muitos desafios práticos, nosso objetivo é acelerar a carreira da pessoa em desenvolvimento de software em até 12 meses. A ideia é trabalhar ativamente desde o início do programa para preparar e conectar os alunos com as nossas empresas parceiras”, explica Goyas, CEO da Trybe.
 

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