É com alegria que anunciamos a estreia da seção Testamos, com o review do notebook Samsung Odyssey 2.
Ela vem sendo idealizada há tempo com a proposta de prestar mais um serviço ao leitor de Infor Channel, que terá acesso à avaliação de equipamentos de diversas marcas e tipos. Com isso, terá acesso a uma análise crítica e cuidadosa efetuada pelo experiente profissional que atua há anos no mercado de TI, René Ribeiro, apontando prós e contras do produto em pauta. Esta iniciativa visa a ajudar o leitor na hora de escolher um produto ou equipamento, seja para conhecer e comparar funcionalidades, seja para decidir uma compra.
Bem-vindo, à equipe, René.
Acompanhe abaixo o primeiro de uma série de reviews que serão apresentados por Infor Channel.
Sem delongas, a Samsung conseguiu surpreender com o notebook Odyssey 2. O primeiro Odyssey, lançado em 2017, tinha uma configuração de entrada, para quem gostava de jogar, porém, jogos casuais. Já o Odyssey 2 foi totalmente remodelado: desde o design e material do gabinete, a configuração potente, um sistema de refrigeração inédito, com uma tela de alta frequência e contraste. Acompanhe o review para entender porque ele surpreendeu, tanto para jogar, quanto para trabalhar.
Desempenho do Samsung Odyssey 2: configuração matadora para jogos
Não se pode desprezar as especificações desse notebook. Ele vem com um processador Intel Core i7-9750H, hexa-core, com clock de 2,6 GHz e TurboBoost até 4,5 GHz. A memória RAM é de 16 GB, padrão DDR4 (2666) e a GPU (processador gráfico) é uma Nvdia RTX 2060 com 6 GB de RAM.
O armazenamento também está bem servido com um SSD padrão Nvme (velocidade de leitura de 1,5 GB/seg) com 512 GB de capacidade. E ainda há um HD de 1 TB. Para quem precisa de ajuda com esses termos técnicos, eles significam que o Odyssey 2 tem alta capacidade de armazenamento e alta velocidade de acesso aos arquivos. Isso é bom para carregar o Windows e qualquer outro programa.
Colocando o Odyssey 2 à prova
Para testar, usei jogos com gráficos exigentes. Comecei com Metrô Exodus (da série Metrô 2033). É um jogo que exige muito de um notebook e é preciso uma ótima configuração para poder jogar com todos os detalhes gráficos no máximo. Inclusive, o jogo tem suporte à função Ray Tracing, da Nvidia. É bom explicar o que faz esse recurso, já que é recente e coloca um efeito muito realista nos jogos.
O ray tracing, como o nome diz, é a capacidade da GPU calcular cada raio de luz, conforme o movimento do personagem e dos objetos, desde a sua fonte até o olho do jogador. Dessa forma, os efeitos de reflexos, sombras, luz ambiente, reflexos transparentes, entre muitos outros, sejam exatamente como vemos no mundo real e não como era simulado antes, somente para enganar nossa visão.
Para fazer isso, é preciso uma capacidade de processamento imensa. E aí entra a unidade de processamento gráfico da Nvidia, da família RTX. No caso do Odyssey 2, é a RTX 2060. Nesse link da Nvidia é possível entender o efeito em ação durante um jogo.
Enfim, o notebook fez um excelente trabalho, onde foi possível jogar liso, sem atrasos ou lags, como se costuma dizer nessa área, e com os gráficos configurados no máximo. O Metro Exodus chegou a 84 fps (frames por segundo) e não baixou nunca de 62 fps. A experiência foi ótima, tanto em desempenho, quanto em qualidade dos gráficos.
O mesmo se repetiu com Assassin’s creed Syndicate, um jogo também rico em detalhes e, muitas vezes, com cenários repletos de personagens na tela. Nesse jogo, o Odyssey 2 marcou o máximo de 95 fps e o mínimo de 55 fps. Rodou liso e com todas as configurações no máximo.
Um jogo recente que consegui testar foi Control. Esse game usa um cenário com menos detalhes gráficos, porém, não menos impressionante. E ele abusa do ray tracing, com efeitos de reflexos em quadros pendurados nas paredes, portas de metal e chão de azulejo, onde refletem luzes e sombras.
Para ter uma ideia, é possível ver um inimigo pelo reflexo do vidro de um quadro. É uma experiência ótima, em um grau de realismo bem elevado. Esse jogo atingiu o máximo de 64 fps e o mínimo de 51 fps.
Também usei o Odyssey 2 para trabalhar durante alguns dias. Usei tarefas do cotidiano, como processador de textos, planilhas e muitas abas abertas no navegador (Chrome). Alternar entre essas tarefas foi algo tão simples quanto abrir o bloco de notas.
Para testar mais multitarefa, deixei o Chrome com 15 abas abertas (que consome muita memória) e usei Youtube e Netflix juntos também. Esse tipo de multitarefa também foi algo fácil para o hardware do Odyssey 2 resolver. Não houve lags, nem travamento e era possível trabalhar em cada aba do Chrome sem lentidão.
Além do processador e 16 GB de memória (quantidade que ajuda muito) o armazenamento em SSD também colabora muito na velocidade. Outro teste foi medir o tempo de boot do Windows 10: desde o momento em que pressionei o botão para ligar o notebook, iniciar o Windows e ficar pronto para uso, passaram-se apenas 18 segundos.
Quanto à refrigeração, é muito boa. Além de duas ventoinhas poderosas aliadas a um sistema de pipes que levam o ar quente para fora, as saídas de ar são grandes. Mas é preciso dizer que os jogos com gráficos pesados vão fazer as duas ventoinhas girarem na máxima rotação. E isso não foi silencioso. Se for jogar de madrugada e tiver gente em casa, melhor se fechar em seu quarto. No caso de usar o Odyssey 2 para tarefas cotidianas ou trabalho, então não se precisa se preocupar, pois, nesse caso, o sistema de resfriamento não exige muito dos ventiladores e fica bastante silencioso
Notebook Samsung Odyssey 2: tela
O Odyssey 2 vem com uma tela de 15,6 polegadas de tamanho. A tecnologia é a tradicional IPS com resolução Full HD (1920 x 1080 pixels). Até aí, as configurações estão ok, nada de incomum: o painel IPS é uma tecnologia madura e já mostrou ser muito eficiente para mostrar cores sem distorções. O brilho e contraste também são bem ajustados, de modo a deixar imagens, filmes e jogos com cores vibrantes.
O que surpreendeu foi outro recurso da tela. Ela trabalha a 144 Hz. Uma frequência mais do que o dobro de telas normais (que usam 60 Hz). E a frequência de 144 Hz deixa as imagens em movimento sem rastros, mantendo as cores vivas mesmo em cenas bem movimentadas. Isso ajuda muito nos jogos, principalmente na categoria FPS.
E a tela ainda é compatível com a tecnologia Nvidia G-Sync. Essa tecnologia sincroniza a frequência do processador gráfico com a frequência da tela. Dessa forma a imagem fica fluida, sem aquelas “quebras” de imagem em cenas de bastante movimento. Para uso profissional de processamento de imagens e vídeo, a tela também é ótima.
Notebook Samsung Odyssey 2: acabamento e design
Em relação ao primeiro notebook Odyssey, a Samsung evoluiu muito nesse quesito também. A estrutura ou gabinete, é toda feita em metal. As bordas da tela são finas e o corpo também, com apenas 2 cm de espessura quando fechado. O peso é de 2,49 quilos.
Pode não ser tão leve para um notebook, mas é preciso considerar que ele é um notebook muito potente, que precisa de um sistema de refrigeração diferenciado. E é preciso dizer que a Samsung realizou um feito de colocar um processador gráfico grande (pois é o processador mais potente da Nvidia para notebooks até o momento desse review), mais o sistema de refrigeração em um gabinete de apenas 2 cm de espessura.
Portanto, pode ser pesado, mas tem dimensões de um notebook comum. E diferente de notebooks gamers que querem chamar a atenção, o design é clean, com formato tradicional, mas com linhas bastante simples. A tampa é lisa e a dobradiça é pequena, ficando apenas no centro do notebook.
Durante os dias em que o notebook ficou comigo, não tive problema com essa dobradiça. apesar de pequena, tem uma estrutura interna firme, que manteve a tela em qualquer posição em que eu queria que ficasse ficasse.
Notebook Samsung Odyssey 2: áudio
O volume de áudio do Odyssey 2 não é tão alto. O que ajuda a aumentar um pouco o som é uma técnica usada por muitos fabricantes: os dois alto-falantes ficam na parte de baixo, na borda frontal, um em cada canto. Isso faz com que o som reverbere na mesa e isso causa sensação do áudio mais alto. Mas o que achei importante foi a qualidade; apesar de não ser alto, o som é nítido. Para quem joga, o ideal é usar um headset. Para quem quer assistir a filmes, o áudio é suficiente para ouvir vozes, música, efeitos com qualidade, sem distorções.
Notebook Samsung Odyssey 2: teclado e touchpad
O teclado é bastante confortável, com toque macio, graças aos contatos tipo membrana. As teclas são largas, gerando conforto para longas digitações. Também tem retroiluminação, como todo notebook gamer merece. Porém, não é padrão RGB (não acende em várias cores). A única cor que ilumina as teclas é a vermelha e pode ser ajustada em até três níveis de intensidade e, mais uma, que é luz desligada.
O touchpad tem uma área grande, maior do que o padrão usado em notebooks comuns de 15,6 polegadas. Funciona bem, como se espera, sem nada a acrescentar aqui. Vale citar que há configuração para desligar o touchpad e a tecla Windows durante os jogos para que não sejam acionados acidentalmente durante uma partida.
Notebook Samsung Odyssey 2: conexões
Outro ponto legal no Odyssey 2: mesmo com dimensões pequenas, ele está bem munido de conexões. No lado esquerdo ele tem o conector de entrada do carregador de energia; um RJ-45 (rede LAN); uma HDMI; uma USB 3.0 e uma USB-C (com suporte a vídeo e Thunderbolt 3). No lado direito estão duas USB 3.0 e o conector combo para fone de ouvido e microfone.
Notebook Samsung Odyssey 2: duração de bateria
Infelizmente, nesse ponto, o Odyssey 2 não evoluiu. Assim como a maioria dos notebooks gamers, que usam hardware muito potente, era de se esperar que a energia da bateria não durasse tanto tempo.
Em um teste com o modo de economia ligado, brilho da tela em 50% e a retroiluminação do teclado desligada, a bateria manteve a energia por 3 horas. O tipo de atividade foi simples: navegar em alguns sites na internet, pesquisas de trabalho, escrever textos, usar planilha de cálculo e ver cerca de 1 hora de youtube.
No modo desempenho, onde o processador trabalha com mais velocidade, usei as mesmas tarefas e a bateria durou 2h30. Vale dizer que não é interessante jogar sem estar conectado a tomada. Jogos deixam o processador aritmético e o processador gráfico puxando energia em quase 100% do tempo e a bateria não duraria 50 minutos. Além disso, quando o processador aritmético verifica que não há fonte de energia de externa, ele baixa a frequência de trabalho para economizar. E isso causa queda de desempenho nos jogos.
Notebook Samsung Odyssey 2: upgrade
Vale muito citar que esse notebook tem opções para expandir memória e armazenamento. São dois slots tipo M.2 para SSD padrão NVMe e ainda espaço para um HD. No caso do modelo testado, há 1 slot livre, pois esse já veio com SSD de 512 GB mais um HD de 1 TB.
E a memória pode chegar até 32 GB, dividida em dois slots. Esse modelo testado veio com um pente de 16 GB. Lembrando que a memória é padrão DDR4.
Notebook Samsung Odyssey 2: conclusão
Tenho tranquilidade em indicar esse notebook para quem quer jogar e não quer abrir mão de mobilidade. Ou seja, é para quem deseja ter um ótimo hardware para suportar os jogos mais atuais com gráficos na configuração máxima e ainda poder levar esse computador para onde quiser.
Nunca se compara um notebook gamer com um desktop gamer. O desktop sempre tem a vantagem de fazer upgrade em todas as peças, porém, a mobilidade dele é quase zero.
O Odyssey 2 tem essa vantagem de rodar tudo o que você quiser e ainda poder uma máquina super potente na mochila. A combinação do processador Intel core i7 de nona geração mais a GPU Nvidia GeForce RTX 2060 tornam esse notebook uma das melhores escolhas para jogar e realizar qualquer tipo de trabalho.
O design discreto e o gabinete em metal uniram elegância e robustez no produto, onde é possível levar até em um escritório para trabalhar sem chamar a atenção. Os únicos detalhes que não agradaram foram o zunido das ventoinhas quando está em desempenho máximo e a baixa duração da bateria. Mas, apesar disso, o Odyssey 2 cumpre o que a Samsung promete em suas propagandas, que é o alto desempenho aliado a mobilidade e robustez.
Serviço:
https://samsung.com/br/pc
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