Mesmo em expansão, o mercado brasileiro de drones ainda aguarda a regulamentação para crescer ainda mais. A falta de regras faz com que o setor fique impossibilitado de atender grandes projetos de empresas privadas ou licitações públicas.
A proposta de regulamentação foi para consulta pública em setembro de 2015. No último dia 4, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as regras foram encaminhadas para votação, mas pedidos de vistas para apreciação de alguns pontos do documento paralizaram o processo, com prazo indeterminado para seguir.
O setor atravessou 2016, auge da crise na economia, em franca expansão no país. Formado por importadores, fabricantes e prestadores de serviços, sobretudo de pequeno e médio portes, a principal demanda é de aplicações nas áreas de engenharia, agropecuária e propaganda. A ferramenta pode ser utilizada em agricultura, mapeamento, questões ambientais, segurança e defesa, transportes, mineração, infraestrutura, serviços de emergência, gestão pública e entretenimento.
“Quem pretende atuar no setor deve ficar atento às tendências internacionais e exercitar a criatividade quanto aos tipos de serviço que os drones podem realizar, já que atualmente o uso comercial dos equipamentos se limita a substituir outros objetos voadores, como aviões e helicópteros, em monitoramento e filmagem de grandes áreas”, pontua Luís Neto Guimarães, CEO da Drone Store. “O potencial de uso dos aparelhos ainda não foi totalmente explorado. O mercado está descobrindo aos poucos novas aplicações comerciais”, destaca.
Uma pesquisa realizada pela DroneShow Latin America, evento voltado para o mercado profissional de drones, e apurada pelo aplicativo desenvolvido pela MundoGeo, mapeou a maioria das empresas (87%) atua principalmente na prestação de diversos tipos de serviços. O aplicativo mapeou 720 empresas na área, mas estimativas dos organizadores do evento apontam que podem ser mais de 1 mil.
Há uma pressão do estamento militar para que a Anac acelere a criação do projeto de lei que normatiza a venda e utilização dos equipamentos. O Exército considera prioritário coibir a comercialização indiscriminada de drones no País. Hoje, a maior parte dos modelos é vendida praticamente como se fosse brinquedo. Menores de 18 anos têm livre acesso aos equipamentos, mesmo os de maior porte.
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