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Demissões em período de home office: como tratar e quais tecnologias podem ajudar?

Em 11 de março de 2020, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elevou o estado de contaminação à pandemia de Covid-19, uma vez que o vírus estava se disseminando rapidamente no mundo, de lá pra cá, muita coisa mudou nas relações de trabalho, no Brasil, o home office ainda engatinhava com poucas empresas aderentes ao teletrabalho, bem como a gestão de pessoas fora dos escritórios. Os RH’s tiveram que se adequar rapidamente junto com o time de tecnologia e facilities disponibilizar ferramentas e materiais de escritório aos funcionários para realizar as suas atividades do dia a dia.

A adoção em massa e extremamente acelerada do home office em função da pandemia fez uma pressão imensa nos RH’s de todo o mundo e mudou processos e maneiras de pensar em um espaço de tempo muito exíguo. Um desses processos que foram mudados neste tempo foi o demissional, e por isso, surgiram muitos questionamentos sobre como demitir um funcionário de maneira que não fiquem pendências e nenhuma dúvida, obtendo os mesmos resultados, mas sem mais poder imprimir nada e sem colher assinatura escrita?

O que torna possível o home office são as mesmas tecnologias que possibilitam a demissão remota, os aplicativos de videoconferência, assinatura virtual, leitura de pdf’s, agendas compartilhadas e claro, o sempre eficiente e-mail. A tecnologia que virou corriqueira nos trabalhos remotos podendo ser usada com a mesma frequência para fazer as mesmas coisas que dentro da empresa, só que agora de maneira digital e sem necessidade presencial.

Além das questões de gestão, um dos principais impactos que os líderes tiveram foi a forma de realizar a demissão. Como não há uma cartilha de boas práticas escrita em como demitir com um funcionário virtualmente, muitas empresas tiveram que improvisar com alguns erros e acertos.
Para quem sofre de ansiedade, acredito que um dos piores episódios foi ter que aguardar durante o dia a notícia da sua demissão. Passado este ano, vejo que os gestores e empresas estão melhores preparados para enfrentar este momento de forma virtual. Acredito que os cuidados para realizar a demissão de forma virtual em funcionários que estão atuando na modalidade de home office são os mesmos cuidados da demissão presencial.

Abaixo, elenco algumas cautelas importantes hora de uma demissão remota
Prepare-se para este momento: ao decidir sobre a demissão do funcionário tenha um discurso preparado para entrar nesta chamada.
Agende a reunião virtual: agende um bate papo, seja claro e tenha empatia na informação da demissão; este momento é bem complexo e palavras mal colocadas podem ocasionar um tempo maior de luto.
Use as ferramentas de videoconferência da empresa. Ao solicitar o desligamento, converse com o time de tecnologia para encerrar o acesso do funcionário ao seu e-mail após a confirmação da demissão. Retirar o acesso antes da comunicação do desligamento gera desconfiança do funcionário e cria um cenário de insegurança para quem fica.
Comunicação de desligamento pode ser assinada eletronicamente. Use assinador eletrônico para coleta da assinatura do funcionário. Evita o risco de não receber o documento físico assinado.
 Explique os próximos passos após a assinatura da carta de desligamento. Retirada de acessos, busca de equipamentos, documentos da empresa devem ser previamente agendados e informado a pessoa para que possa se programar para entrega.

Caso a empresa opte por deixar os equipamentos é muito importante certificar-se com o TI se os acessos foram devidamente encerrados.

Outra dica é estabelecer um checklist com todas as necessidades para o procedimento, com as datas a serem observadas, obtenção de equipamentos em poder do funcionário, documentos e rescisões a serem pagas. Com isso mapeado e com os prazos marcados, usar a tecnologia é apenas um meio para o mesmo fim, como tem sido no home-office: o uso de uma nova maneira de pensar para fazer as mesmas coisas e obter os mesmos resultados, mantendo a empresa em forma e lucrativa mesmo quando o prédio corporativo está vazio.

Por Fernanda Medei, fundadora e CEO da Medei

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