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Cultura de UX é capaz de gerar salto e evitar que startups fracassem precocemente

Especialistas em experiência do usuário analisaram os cinco erros mais comuns cometidos por empresas embrionárias e dão orientações para driblar esses percalços
Cultura de UX é capaz de gerar salto e evitar que startups fracassem precocemente

Afinal, o que pode definir se uma startup vingará de forma positiva ou não? Práticas pré-definidas e já esmiuçadas em livros e blogs de empreendedorismo, a exemplo de títulos como “10 formas infalíveis de se atingir um resultado revolucionário” ou “5 práticas para fazer seu negócio decolar”, já mostraram que soluções bem desenvolvidas, conectadas e dentro de um contexto lógico para o negócio podem ser fatores decisivos para tal. Porém, especialistas apontam que, além dessas estratégias, a experiência do usuário (ou UX, na sigla em inglês) pode ser o expoente para uma startup realmente decolar ou fadar-se ao fracasso.
E cabe ressaltar que, dentro de um contingente com mais de 12 mil concorrentes, segundo números da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), prosperar vai requerer muito além de um bom investidor. Em recente levantamento feito pela CBInsights, a publicação revelou cinco dos maiores motivos para que algumas empresas embrionárias não cheguem nem a sua fase de maturação, sendo encerradas de forma precoce e antes do previsto.
Em 42% dos casos, segundo o levantamento, o primeiro e principal erro das startups que não dão certo é oferecer um produto ou serviço que o consumidor e o mercado não desejam. “Isso é o que acontece quando empreendedores gastam muito tempo se dedicando a partes do processo sem detectar, por exemplo, se há, de fato, demanda pelo seu negócio, além de verificar com cautela se o mesmo está inserido na cultura local e se a experiência de uso (UX) oferecida atinge o cliente da forma como planejada”, explica Melina Alves, CEO e fundadora da DUXcoworkers, empresa pioneira no Brasil a fazer das boas práticas de UX e do coworking uma cultura de trabalho.
Ainda de acordo com a pesquisa da CBInsights, o segundo erro mais fatal para (29% dos casos) startups é ficar sem dinheiro. Na avaliação de Adolfo Melito, economista e presidente da CrowdInvest, além de fundador da MyFirstIPO, é possível se precaver da falta de capital inserindo no planejamento pequenos movimentos como, por exemplo, o desenvolvimento de protótipos, testes de aceitação do seu produto ou serviço no mercado, incorporação de melhorias e submeter esses itens a novos ciclos de experimentação. Esses ciclos são curtos e despendem baixos volumes de capital. “Os times são multifuncionais e operam por projeto. Se esse mecanismo funcionar a contento, os riscos inerentes aos erros subsequentes podem ,desde logo, serem minimizados ou até evitados”, orienta.
Em terceiro lugar com 23% dos casos que levam uma empresa embrionária a fechar, escolher a equipe de forma inadequada pode ser tão ruim para a startup quanto à falta de investimentos. “Se a marca diz uma coisa e o time outra, temos uma evidente disfuncionalidade. O mesmo se dá no desenho da proposta de valor que deve ser um orientador tanto na escolha de perfis para compor o time como na busca de sócios e investidores. O alinhamento de expectativas e valores evita essa disfuncionalidade”, afirma Melito.
No quarto lugar da pesquisa, com 19% dos casos, a concorrência é o fator primordial para o encerramento do sonho empreendedor. Neste caso, o insucesso está diretamente ligado ao grau de diferenciação do seu produto ou serviço em relação ao mercado. “Esse é um dos motores de inovação de qualquer empresa”, salienta Melito. Ainda, e de forma atrelada ao último fator mencionado, o quinto erro mais comum, com 18%, é a precificação equivocada do produto ou serviço oferecido. “Investir em pesquisa é fundamental para que este erro seja evitado”, lembra Melina, da DUXcoworkers.
Embora estas cinco circunstâncias sejam relevantes para levar a startup à falência, um único motivo, porém, não é suficiente para derrocada final, mas sim uma junção deles. Para que tudo isso acima esteja alinhado, existe a Cultura do UX, ou “experiência do usuário”, na tradução livre, que, na visão de Melina, é 100% tendência, mas deve vir acompanhado de uma minuciosa análise de mercado a partir da experiência de uso. “Quando se traz o UX para a organização, tem-se o ciclo da investigação, prototipagem, teste e performance inserido também na gestão empresarial, indicando com eficiência e assertividade a direção que a startup deve tomar”, finaliza.
serviço
www.duxcoworkers.com

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