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Como investir em novas tecnologias sem afetar a segurança do usuário

Dispositivos, carros, casas e até cidades inteligentes. A Transformação Digital tem acelerado os processos de desenvolvimento de ferramentas que permitem estarmos cada vez mais conectados, com cada vez mais tecnologia e a possibilidade de manter tudo acessível com apenas um clique ou um comando de voz. Mas ainda que tudo isso pareça ter apenas o lado vantajoso, o uso incorreto ou o desconhecimento de como esses dispositivos funcionam pode ser um risco para a segurança dos usuários.

É importante esclarecer que existem, hoje, inúmeras vantagens relacionadas ao uso das chamadas “boas tecnologias”. Em casa, elas permitem que você possa ouvir o passo a passo de uma receita para preparar para a família, te lembram sobre consultas médicas, ligam a luz e até informam a previsão do tempo enquanto você escolhe a roupa antes de sair. Dentro das empresas, a tecnologia torna o negócio mais moderno, preciso e rápido, pois propicia um melhor atendimento aos clientes, uma comunicação mais eficiente entre as equipes e agilidade na resolução de problemas.

Para se ter uma ideia, houve um aumento de mais de 300 milhões de usuários de Internet pelo mundo entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, chegando a um total de 4,6 bilhões de pessoas conectadas, segundo o relatório Digital 2021, feito em parceria entre a We Are Social e o Hootsuite. Esse crescimento fez com que muitos usuários buscassem novas ferramentas e dispositivos para explorar a conectividade e praticidade oferecida por eles. No entanto, o grande problema é com relação ao nível de conhecimento a respeito desses recursos e das ameaças por trás de cada um deles, algo por vezes ignorado pelos indivíduos.

Vazamento de dados, ataques de trojans bancários e permissões de acesso indevido são apenas alguns dos principais pontos a serem considerados quando estamos utilizando um dispositivo tecnológico. Não estou dizendo que você precisa se desfazer de seu assistente de voz, trocar a geladeira de casa ou mesmo viver em um looping de medo por conta dos perigos que o mau uso desses dispositivos pode trazer. Este texto é, mais uma vez, um alerta para que, antes de aceitar todos os termos de uso sem nem ao menos os ler, que busquemos conhecimento sobre medidas de prevenção de ataques e recursos que nos possibilitem uma maior segurança para usarmos com mais tranquilidade estas funcionalidades que tanto beneficiam a nossa rotina.

Por isso, é importante que profissionais de segurança da informação estejam sempre em busca de atualizações capazes de ajudar usuários com menos conhecimento técnico, mas com vontade de aprender e de usufruir de maneira segura desses dispositivos. Além disso, cabe a cada usuário fazer a sua parte de ler, conhecer e entender até que ponto determinada ferramenta é capaz de manter a privacidade de informações pessoais e quais são as soluções adequadas para melhorar o uso de todos esses dispositivos dentro de casa.

Costumo dizer que a premissa da Eset é sempre a conscientização e a constante educação sobre segurança e proteção de dados. Mas mais do que um lema corporativo, essa dica é capaz de evitar que muitas pessoas caiam em golpes e sejam vítimas de ameaças que podem gerar prejuízos muito além dos financeiros. Então, atenção redobrada, investimento em proteções adequadas e educação sobre cibersegurança são os nossos três aliados na busca por um mundo tecnológico cada vez mais seguro para todos.

Por Daniel Cunha Barbosa, especialista em segurança da informação da Eset no Brasil

 

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