A importância da Inteligência Artificial para o aprimoramento de processos e a consolidação do uso estratégico dos dados tem se mostrado irreversível nos tempos atuais. No entanto, se os benefícios são animadores e apontam para um futuro repleto de oportunidades únicas, existe um caminho operacional a ser pavimentado até que a empresa em questão consiga atingir esse nível de maturidade digital. Nenhuma mudança é capaz de provocar os efeitos desejados sem que a transição seja conduzida sob um olhar atento às variações provocadas no ambiente corporativo. Em outras palavras, os líderes e maiores responsáveis por encabeçar esse processo de digitalização devem ter plena convicção de que as informações coletadas estarão à disposição das equipes, sem distinções.
Os dados representam peças centrais neste contexto de transformação digital, mas isso não significa que o protagonismo humano será descartado ou deixado de lado. A resposta, certamente, está no equilíbrio entre os insumos extraídos de materiais coletados e o poder de intuição dos profissionais, acostumados a tomar decisões relevantes para a continuidade e até o sucesso das atividades. Portanto, antes de destacarmos o impacto da IA sobre as informações depositadas internamente, é preponderante que a reflexão sobre o tema caminhe para os meios de se conquistar esse estágio de excelência operacional.
A democratização dos dados
Não é difícil escrever sobre a transformação dos dados e a implementação de ferramentas de Inteligência Artificial e acabar centralizando todas as atenções sobre os ganhos técnicos dessa movimentação inovadora. Claro, trata-se de uma parte fundamental da discussão e que deve sim justificar iniciativas voltadas para a automatização de processos. Porém, para os que buscam potencializar o desempenho de seus colaboradores em união à presença da máquina, é preciso ir além do senso comum e enxergar a realidade de sua organização com mais flexibilidade.
Se na prática, a separação do que há de mais vantajoso em informações adquiridas através de análises automáticas é o primeiro passo para incentivar um desempenho assertivo das pessoas e os rumos estratégicos escolhidos por elas, o gestor deve assegurar que esse novo referencial técnico esteja ao alcance de todos os departamentos e profissionais. Afinal, a transformação digital só é completa se for plenamente capaz de impactar positivamente a rotina de todos, e isso também diz respeito à realidade empresarial.
Geração de insights reflete em melhores decisões
Com conceitos de sinergia e equilíbrio bem consolidados no âmbito interno, fica muito mais fácil viabilizar a disseminação de práticas inovadoras no dia a dia de trabalho, e por consequência, a construção de uma cultura corporativa suportada pela Inteligência Artificial. Como resultado, o processo de tomada de decisão, seja relacionado à escolha de métodos processuais, direcionamento de colaboradores ou o próprio atendimento ao cliente, terá a assertividade da tecnologia a seu favor, minimizando a ocorrência de equívocos ou gargalos operacionais.
Agilidade e precisão são características celebradas com recorrência ao discutirmos o papel da IA nos dias de hoje. O que acaba passando despercebido é a importância do componente tecnológico para a segurança dos dados, que por sua vez, favorece à produtividade das pessoas. Agora, livres de procedimentos exaustivos e padronizados, sem qualquer apelo à capacitação estratégica totalmente única à mente humana.
Inteligência analítica como diferencial competitivo
Por fim, essa unificação de fontes de dados proposta pela Inteligência Artificial, somada à utilização de análises rotineiras de documentos e informações disponíveis a todo instante, abre espaço para um patamar competitivo que muitos procuram atribuir aos respectivos negócios.
Transformações estão sendo realizadas em diversos setores, em um fenômeno constante de evolução do mercado e do público consumidor. Com isso colocado em pauta, não seria exagero algum afirmar que os benefícios a médio e longo prazo ligados à inovação são primordiais para que as empresas criem uma identidade tecnológica produtiva e cada vez mais inclusiva, sempre priorizando a satisfação dos profissionais e dos clientes, partes opostas, mas igualmente interessadas no que o digital tem a oferecer.
Por Fabrício Beltran, fundador e CTO da Nextcode
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