Uma nova campanha do ransomware Crysis afeta principalmente Brasil, México, Colômbia, Argentina e Peru, segundo detectou a especialista em detecção proativa de ameaças, ESET. O ransomware Crysis ficou no top 5 dos mais detectados na América Latina em 2017 e causou grandes perdas de dados para várias empresas da região e do mundo. A nova ameaça consiste em e-mails com anexos maliciosos que têm a missão de infectar o computador da vítima.
Segundo dados da ESET sobre o número de detecções do Crysis registradas na América Latina nos últimos meses, o Brasil (22%) aparece como o mais afetado, seguido pelo México (19%), Colômbia (17%), Argentina (16%) e Peru (9%).
Depois que o computador da vítima é infectado, a ameaça tenta criar chaves de registro e copiar a si mesma em quatro diretórios para garantir sua persistência e, assim, alcançar a execução do ransomware em cada inicialização do sistema operacional para criptografar novos arquivos. Em seguida, o código malicioso executará o comando para remover as cópias de backup do Windows.
A próxima etapa é criptografar todos os arquivos do sistema, adicionando um identificador alfanumérico a cada um deles e o e-mail para entrar em contato com o invasor. Por fim, o Crysis cria uma série de arquivos para notificar a vítima de que seus arquivos foram criptografados e quais são as etapas a seguir para recuperar as informações.
De acordo com a última edição do ESET Security Report 2018, o ransomware representa a principal preocupação das empresas. “A ESET aposta na educação e na conscientização como principais ferramentas de proteção. Quanto ao ransomware, também é essencial ter uma solução que proteja os servidores de e-mail, especialmente considerando que o e-mail é o principal vetor de infecções. Por outro lado, é importante evitar a divulgação pública de contas de e-mail, prestar atenção ao conteúdo das mensagens recebidas, manter o sistema operacional e o software atualizados, e fazer o backup das informações. Estes são aspectos essenciais”, finaliza Camilo Gutierrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.
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