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Brasileiro tende a aceitar novas formas de autenticação

Pesquisa da Fico realizada em dez países aponta tendências e adesão a novas tecnologias como Biometria e Inteligência Artificial
Brasileiro tende a aceitar novas formas de autenticação

Na mesma proporção em que surgem novas formas de pagamentos virtuais, surgem as fraudes e cresce, portanto, a necessidade de garantir a segurança de usuário e de fornecedor. Novidades como o Pix, sistema instantâneo de pagamentos e transferências anunciado pelo Banco Central no final de fevereiro e que promete transações efetuadas em até 10 segundos, exigem o uso de tecnologias como Biometria e Inteligência Artificial. Ele deve provocar uma grande mudança no setor financeiro, na medida em que atenderá a pessoas que não estão necessariamente ligadas a instituições financeiras, já que não depende desse modelo tradicional.
Para fazer um Raio X deste cenário, a Fico, empresa global que oferece software de análise preditiva, realizou uma pesquisa de janeiro a março em mais de 10 países com mais de 5 mil pessoas. No que se refere à autenticação, 37% dos entrevistados esquecem a senha e desistem de efetivar uma compra. Para validação de transações, 29% usam cerca de cinco senhas para todas as suas contas, e 23% deles anotam as senhas para não se esquecerem.

No Brasil, a pesquisa indica que as pessoas demonstram consciência quanto à questão de segurança: 86% concordam em fornecer biometria para autenticação e 89% aprovam sistemas de análise de comportamento
Há um grande filão para segmentos como o Varejo e o das operadoras de Telecomunicações, que são fortes candidatos a ingressar neste mercado: a oferta de canais digitais. Para tanto, estudam e experimentam os melhores formatos e buscam tecnologias antifraudes. De acordo com números da Febraban, entre 2014 e 2018, os cinco maiores bancos perderam mercado para os bancos digitais. No período eram 72,3% dos clientes, mas passaram a 64,5% no período; as contas digitais abertas por mês, registraram entre 500 mil e 1 milhão.
Fabrício Ikeda, diretor de pré-vendas e especialista em riscos, prevenção de fraudes e crimes financeiros da Fico, destaca que o aumento das transações, de canais e dos dados, somados à velocidade e redução do tempo, aumentam as fraudes. “Pagamentos em tempo real resultam em mais fraude em função de proteções desatualizadas, da engenharia social, do pagamento sendo efetuado na hora,de expectativas dos clientes e ainda, decorrente da visão distorcida de risco”, enumera.
Métodos de autenticação
Para prevenir e combater fraudes e ações de cibercriminosos, houve evolução de tecnologias como Inteligência Artificial e Biometria. No Brasil, a pesquisa indica que as pessoas demonstram consciência quanto à questão de segurança: 86% concordam em fornecer biometria para autenticação; 89% aprovam sistemas de análise de comportamento; 83% usariam a impressão digital para autenticar; 35% a varredura ocular e 54% usariam a leitura facial.
O mundo do Pix vai acelerar as fraudes e criar outras, portanto, é preciso uma visão holística sobre os crimes financeiros. “Diante de vasta fonte de dados e informações entram as ferramentas e soluções de Analytics, que vão combinar informações e digitalizar processos para a melhor experiência do usuário”, destaca Ikeda, para quem, fraudes não devem significar impacto nas interações do consumidor.
Para Saulo Fernandes, diretor da Fico, a crise econômica coloca grande pressão nas empresas para automatização de processos, a exemplo de call centers e processos para se estabelecer contatos. “Para enfrentar as crises econômicas e de saúde, as empresas necessitam de soluções autoatendimento por meio de vários canais”.
Mais do que isso é preciso centralizar processos de comunicação e seus resultados, para entender e obter impressões mais refinadas do comportamento do cliente. Tem que se trabalhar mais a tecnologia para se comunicar, identificar a real necessidade do cliente e buscar mais serviços. “A tendência é controlar o uso de cada um desses canais como solução de negócios para obter capacidade de gestão de cada um deles, de forma integrada, dinâmica e rápida”, detalha Fernandes. Entre os canais de comunicação estão voz; SMS, WhatsApp; digital direct API – push, endereço eletrônico, portal Web online e receptivo, que precisam estar conectados e com informações dos clientes compartilhadas e em processo contínuo de melhoria.
“O sucesso dependerá de orquestrar estratégias que envolvem segmentar clientes, direcionar ações e usar o canal correto”, conclui o diretor da Fico.

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