Impressão de implantes em 3D, vacinas sem agulhas e cola para cicatrizar cortes e feridas profundas. Tudo isso pode parecer recurso de ficção científica, mas não é. Pelo contrário, esses são três exemplos de inovações australianas aplicadas à saúde em desenvolvimento no país.
“A Austrália já é internacionalmente reconhecida pelas suas potencialidades tecnológicas avançadas e inovadoras para o setor. Esses e outros avanços poderão revolucionar a medicina em todo o mundo”, afirma Ana Carolina Bonamin, gerente de desenvolvimento de negócios da Austrade (Australian Trade and Investment Commission) no Brasil, agência de promoção de negócios e investimentos do governo australiano.
Os implantes impressos em 3D foram materializados pela empresa australiana Anatomics. Em 2015, eles criaram, em Melbourne, o primeiro esterno de titânio impresso e uma caixa torácica parcial que foram implantados com sucesso em um homem de 54 anos, na Espanha, que sofria de um sarcoma na parede torácica.
A Anatomics está de olho no País. “Queremos promover oportunidades para que as empresas australianas como a Anatomics possam difundir suas capacidades em saúde no Brasil, um País bastante promissor nesta área”, ressalta Ana Carolina.
Já as vacinas sem agulha foram criadas pelo australiano, Mark Kendall, e apresentam uma possibilidade mais segura e eficaz de imunização em relação às tradicionais seringa e agulha. O Nanopatch é um pedaço pequeno de silício coberto com até 20 mil projeções microscópicas por centímetro quadrado revestidos de vacina seca.
Quando aplicado na pele, a vacina penetra logo abaixo da camada superior da epiderme e, em até um minuto, ela umedece no ambiente celular sendo liberada no organismo. A tecnologia permite ainda a mesma proteção que as vacinas comuns, porém, com menores doses. Além disso, o não uso de agulhas reduz o risco de contaminação ou lesão.
Já a MeTro, ou supercola, é feita de uma versão sintética da proteína tropoelastina, criada pelo australiano, Anthony Weiss. O produto além de estancar sangramentos e fechar feridas profundas em 60 segundos, emite sinais para que o corpo comece a restabelecer o ferimento. Ela vem em um tubo semelhante a uma seringa. Após aplicada, é necessária a emissão de um feixe de luz UV que sela o local sem o uso de suturas.
“Essas são apenas algumas das novidades recentes que a Austrália tem apresentado no segmento da saúde, algumas delas ainda em fase de aperfeiçoamento. Nosso papel é possibilitar que essas inovações cheguem ao Brasil por meio de parcerias e novos negócios no setor”, conclui a gerente de desenvolvimento de negócios da Austrade.
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