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As tecnologias do futuro, na visão do Gartner

Em evento com CIOs, a empresa de consultoria em TI revelou algumas previsões estratégicas para os próximos anos
As tecnologias do futuro, na visão do Gartner

Durante o IT Symposium/Xpo 2020 Americas, evento do Gartner que termina hoje (22/10), a empresa revelou suas principais previsões estratégicas para os próximos anos. Para Daryl Plummer, vice-presidente de Pesquisas, o mundo está se movendo mais rápido do que nunca e é essencial que a tecnologia e os processos sejam capazes de acompanhar as necessidades de inovação digital. A partir de agora, os CIOs podem esperar uma década de inovação radical, liderada por abordagens não tradicionais. “As tecnologias do futuro que conduzirão a ‘redefinição de tudo’ têm três pontos comuns: promovem maior inovação e eficiência na empresa, são mais eficazes do que as tecnologias anteriores e têm um impacto transformador na sociedade”, afirmou.
Em 2024, segundo os analistas do Gartner, 25% dos CIOs tradicionais de grandes empresas serão responsabilizados pelos resultados operacionais de negócios digitais, tornando-se efetivamente diretor operacional (COO), uma função que estava em desuso, mas que está ganhando destaque entre as novas empresas digitais. Um COO é um componente essencial para o sucesso digital, pois entende tanto o negócio quanto o ecossistema em que opera. O CIO, com um conhecimento profundo da tecnologia que facilita o impacto nos negócios, pode aumentar a eficácia da empresa ao assumir a função de COO para fundir tecnologia e objetivos de negócios.

Em 2025, 40% das empresas baseadas em experiência sensoriais melhorarão os resultados financeiros e superarão os concorrentes, estendendo-se para experiências virtuais pagas  

Outra previsão é que, até 2025, 75% das conversas no trabalho serão gravadas e analisadas, permitindo a descoberta de valor ou risco organizacional agregado. As conversas no trabalho estão mudando das comunicações tradicionais, em tempo real e face a face, para reuniões em Nuvem, plataformas de mensagens e assistentes virtuais. Na maioria dos casos, essas ferramentas mantêm um registro digital das conversas. A análise do diálogo no local de trabalho será usada não apenas para ajudar as empresas a cumprirem as leis e regulamentações existentes, mas também para ajudá-las a prever o desempenho e o comportamento futuros. Haverá então discussões sobre questões éticas e de privacidade.
Novas tecnologias
Em 2025, as tecnologias de computação tradicionais atingirão uma parede digital, forçando a mudança para novos paradigmas, como a computação neuromórfica. CIOs e executivos de TI não serão capazes de entregar iniciativas digitais críticas com as técnicas de computação atuais. Tecnologias como Inteligência Artificial (IA), visão computacional e reconhecimento de voz, que exigem um poder de computação substancial, se tornarão difundidas e os processadores de uso geral serão cada vez mais inadequados para essas inovações digitais. “Uma variedade de arquiteturas de computação avançadas surgirão na próxima década”, disse Plummer. “No curto prazo, essas tecnologias podem incluir paralelismo extremo, chip DNN (Deep Neural Network) ou computação neuromórfica. No longo prazo, tecnologias como eletrônica impressa, armazenamento de DNA e computação química criarão uma gama mais ampla de oportunidades de inovação”, previu.
Em 2024, 30% das empresas digitais estarão testando uma tecnologia de armazenamento baseado em DNA. À medida que as necessidades de computação da humanidade evoluem, sistemas mais avançados serão necessários, capazes de adaptação radical e resiliência em ambientes complexos e hostis. O DNA é inerentemente resiliente, capaz de verificação de erros e autorreparo, o que o torna uma plataforma de computação e armazenamento de dados ideal para uma variedade de aplicações.
“Mais do que nunca informações estão sendo coletadas, mas a tecnologia de armazenamento de hoje tem limitações críticas sobre quanto tempo os dados podem ser armazenados sem serem corrompidos”, disse Daryl Plummer. “Com o armazenamento de DNA, os dados digitais são codificados nos pares baseados em nucleotídeos de uma fita sintética de DNA. Isso fornece uma longevidade que os mecanismos tradicionais de armazenamento simplesmente não têm”, observou.
Em 2025, diz o Gartner, 40% das empresas baseadas em experiência sensoriais melhorarão os resultados financeiros e superarão os concorrentes, estendendo-se para experiências virtuais pagas. A capacidade cada vez maior da Internet das Coisas (IoT), gêmeos digitais e realidade virtual e aumentada está tornando a oferta de experiências imersivas mais atraente e acessível para uma gama mais ampla de consumidores. Essa tendência foi acelerada na medida em que os efeitos sociais da pandemia alteraram positivamente as atitudes das pessoas em relação ao envolvimento remoto e virtual. As empresas de experiência sensoriais devem começar a construir e adquirir habilidades em disciplinas relacionadas à criação, entrega e suporte de experiências virtuais imersivas.
Serviço
www.gartner.com
 

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