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As oportunidades na agricultura digital

Estudo mostra como os empresários do campo estão usando a tecnologia e quais as tendências
As oportunidades na agricultura digital

Uma pesquisa com mais de 500 agricultores e pecuaristas em todo o País mostrou que 84% utilizam alguma tecnologia digital como ferramenta de apoio à produção. Mais de 70% dos produtores rurais acessam a internet para interesses gerais sobre agricultura; as redes sociais, como o Facebook, e os serviços de mensagem, como o Whatsapp, foram apontados por 57,5% dos entrevistados como meios utilizados para obter e divulgar informações relacionadas à propriedade, comprar insumos ou vender sua produção. Com o título Agricultura Digital no Brasil – Tendências, Desafios e Oportunidades, o estudo foi feito pela Embrapa, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A pesquisa amostral, aplicada por meio de um questionário online, ficou disponível entre abril e começo de junho deste ano e contou com a participação de 504 agricultores e pecuaristas, de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, e 284 prestadores de serviços de tecnologia digital. A maioria cultiva áreas de até 50 hectares, com agricultura, pecuária e silvicultura (72%), e 69% têm mais de dez anos de experiência na atividade rural.
Entre os prestadores de serviços (revendas e desenvolvedores), 73,9% disseram que vendem diretamente aos agricultores; 51,8% fornecem para cooperativas, sindicatos e ONGs; pecuaristas (45,8%); outros prestadores de serviços (33,3%); e agentes públicos (29,3%).

Pensando no futuro, a maioria dos entrevistados ressaltou a necessidade cada vez maior do uso das tecnologias digitais para obtenção de informações e planejamento das atividades da propriedade  

No item sobre desafios ou limitações para a comercialização ou prestação de serviços das tecnologias, 61,4% apontaram dificuldade ou ausência de conexão com a internet, 58,2% disseram o valor do investimento, 49% apontaram a falta de mão de obra especializada e 47,4% afirmaram que o usuário não tem acesso à capacitação.
Dentre as tecnologias que os prestadores de serviços gostariam de incorporar ao portfólio estão aplicações de dados ou imagens de sensores de campo sobre planta, animal, solo, água, clima, doenças ou pragas (46,6%); aplicativos para gestão, obtenção ou divulgação de informação da propriedade ou produção (42,6%); Inteligência Artificial (35,3%); mapas digitais ou geolocalização para gerenciamento da produção (31,3); dados ou imagens da propriedade fornecidos por satélites, avião ou drones (30,9); e business intelligence (30,5%).
Usuários
Os agricultores e pecuaristas estão usando tecnologias digitais para tornar mais ágil a comunicação para contratar serviços, pesquisar preços de insumos e até para monitorar a propriedade e a lavoura, com uso de aplicativos e drones. Entre os respondentes, 70,4% disseram que usam a internet para atividades gerais do negócio, 57,5% utilizam aplicativos de celular/computador para obtenção e divulgação de informações da propriedade/produção e 22,2% são usuários de aplicativos/programas para gerir o negócio.
Pensando no futuro, a maioria dos entrevistados ressaltou a necessidade cada vez maior do uso das tecnologias digitais para obtenção de informações e planejamento das atividades da propriedade (67,1%), gestão da propriedade rural (59,7%), mapeamento e planejamento do uso da terra (53,8%), detecção e controle de deficiências nutricionais (52%), compra e venda de insumos, produtos e produção (52%).
Marcação de ponto
Para Dimas Fausto, presidente da Dimastec, o registro da jornada de trabalho é uma das dificuldades dos empresários rurais. Para atender essa demanda, a empresa desenvolveu o DT Faceum, um sistema que funciona onlime e off-line por meio de smartphones ou tablets. Ele usa reconhecimento facial, georreferenciamento e inteligência artificial para substituir os tradicionais relógios de ponto, propiciando que os registros sejam feitos corretamente, considerando os intervalos para refeições e descanso dos trabalhadores do agronegócio.
“Como as pausas ocorrem longe da base, a marcação de ponto acaba se tornando complexa, exigindo um controle maior. Ainda, pode ser um entrave na produtividade dos colaboradores e gerar custo com efetivo, um custo dispensável, já que esses profissionais podem ser alocados em funções mais estratégicas”, comenta Fausto.
Serviço
embrapa.br
www.dimastec.com.br
 

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