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ABDI: 7 caminhos para a inovação

Segundo o presidente da agência, Guto Ferreira, Brasil precisa ainda consolidar uma cultura da inovação
ABDI: 7 caminhos para a inovação
tecla Brasil

A inovação é hoje uma necessidade competitiva e de sobrevivência para as empresas do mundo moderno. O Brasil precisa ainda consolidar uma cultura da inovação. “Precisamos aproveitar a oportunidade histórica de fazer avançar nossa indústria, nossa economia e nosso País, rumo a uma nova era, que vai mexer profundamente com a economia global e com a própria forma como as sociedades estão organizadas”, afirma o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira.

“Quem está fora desta nuvem está fora do mercado”, Guto Ferreira

Para se ter uma ideia da velocidade das transformações, mais de 90% do volume de dados do planeta foram produzidos nos últimos dois anos, conforme estudo da IBM. “Quem está fora desta nuvem está fora do mercado”, avalia o presidente da ABDI. Atenta a isso, a agência brasileira, que gera inteligência para o setor produtivo, aponta sete caminhos para a inovação no país rumo à revolução da indústria 4.0:

  1. Apostar em startups – As startups estão ganhando força junto à indústria tradicional. Segundo dados do programa Conexão Startup Indústria, o Brasil tem um número grande de empresas visionárias que já estão se relacionando com startups: 91 de 408 indústrias pesquisadas, ou 22%, das indústrias transformadoras do País já fizeram ao menos uma compra de startups. Das que ainda não fizeram, 21% já estão se preparando.
  2. Melhorar o processo produtivo – O programa Brasil Mais Produtivo – coordenado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) –, apoia a inovação nos processos de quase 3 mil indústrias, com ações rápidas, de baixo custo e de alto impacto. Através de um trabalho de capacitação de empresas, a produtividade média delas aumentou em 51,8%. A Rede Nacional de Produtividade e Inovação (Renapi), projeto da ABDI, também auxilia na busca de soluções transversais para questões locais e regionais do desenvolvimento produtivo.
  3. Investir em internet das coisas (IoT) – A aglomeração urbana proveniente do mundo moderno leva ao desafio da criação de soluções para novos problemas. Buscar, por exemplo, a integração de diferentes soluções de hardware e software em cenários físicos e virtuais é uma necessidade para modernizar as cidades do século 21 com reflexos na competitividade das empresas. A ABDI, em parceira com o Inmetro, criou um Ambiente de Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes. Testes para comprovar a eficiência das tecnologias criadas por empresas brasileiras irão viabilizar a evolução das cidades. Mais de 130 ideias foram cadastradas pela ABDI para desenvolvimento.
  4. Ampliar conhecimentos – Inteligência para a competitividade é o foco do Observatório da Produtividade, projeto de compartilhamento de informações, análises, estudos aplicados e documentos para atender ao setor produtivo e aos gestores públicos e privados.
  5. Planejar construções eficientes – A ABDI também atua para impulsionar a indústria da construção civil. A partir de tecnologia de modelagem virtual de construção, conhecida como BIM (Building Information Modeling), é possível promover maior transparência e controle de toda informação física, financeira e de desempenho do empreendimento. O BIM permite ainda a redução de prazos e custos, simulações e correções prévias à construção. A ABDI trabalha para orientar e padronizar as normas de construção e tornar a biblioteca de componentes BIM mais acessível para os projetistas.
  6. Buscar soluções integradas – Desenvolver novas tecnologias a partir da conexão entre indústria, governos, empreendedores e setor varejista é o objetivo do Laboratório de Varejo, que vai desenvolver testes em menor escala e em ambientes demonstrativos. O projeto é desenvolvido pela ABDI e pelo MDIC.
  7. Investir em energias alternativas – Em razão dos problemas de mobilidade urbana e efeito estufa, novas tecnologias de propulsão vêm sendo desenvolvidas. O carro elétrico, por exemplo, é uma determinação em países de todo o mundo. A França e a Inglaterra já sinalizaram que até 2040 não comercializarão mais veículos que utilizem combustíveis fósseis. A ABDI faz parte do grupo de trabalho que discute o tema em conjunto com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O Programa Rota 2030 vai definir as diretrizes de implementação do modelo elétrico no País.
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