book_icon

A sociedade está se digitalizando mais rápido do que as empresas

O mundo corporativo precisa se adequar às novas demandas de Telecom surgidas com a pandemia
A sociedade está se digitalizando mais rápido do que as empresas

Os novos padrões de uso de internet adotados em função das medidas de isolamento em quase todos os países do mundo, estão sendo assimiladas de forma mais intensa para o uso residencial, do que pelas empresas, em que pese a massiva aplicação do trabalho em home office nestes últimos meses.
Esta avaliação é do CEO da Angola Cables António Nunes, para quem o mundo corporativo ainda se preocupa com suas estruturas de Telecom próprias, o que pode lhes trazer dificuldades no futuro.

A computação em nuvem será cada vez mais necessária, apesar da resistência de algumas organizações  

“Os fornecedores de infraestrutura de Telecom, como a Angola Cables, têm desenvolvido soluções pensando nos clientes dos seus clientes, que são os usuários. E estes entenderam melhor as mudanças de comportamento e já estão usando a internet como uma ferramenta constante de suas vidas”, analisa o executivo.
Nunes usa como exemplo o crescimento exponencial do consumo de vídeo, no ambiente doméstico representado pelos games e pelos serviços de streaming. E que no mundo corporativo se dá pelo aumento das videoconferências, com tendência de aumento para outros serviços como educação a distância e até no e-commerce, que cresceu muito e deve agregar novas formas de apresentação dos produtos, muitas baseadas em vídeo.
“Todas essas mudanças vão requerer, em escala crescente, maior capacidade de processamento e mais segurança para as estruturas de T.I. das empresas, que para isso, precisarão investir muito em provedores e proteção, comprometendo seus orçamentos; mas, não poderão renunciar às funcionalidades. A computação em nuvem será cada vez mais necessária, apesar da resistência de algumas organizações”, analisa Nunes.
Além das vantagens técnicas e operacionais que a contratação de serviços em datacenters, com maior capacidade de processamento oferecem, há também a questão dos custos, mais baixos à medida em que uma quantidade maior de empresas migram para este formato.
Segundo o executivo, esta será outra tendência importante, sobretudo para as corporações brasileiras, já que o país é um dos mais maduros do mundo na utilização de internet.
“Apesar de existir, no Brasil, um grande contingente de pessoas sem acesso à internet, o fato é que ela chega em todos os cantos do País e é muito demandada; os brasileiros estão entre os maiores usuários de redes sociais. Em um mundo digital isto é considerado mercado, que pode ser ampliado para fora do País em escala nunca antes vista, já que há muitos países de língua portuguesa ou que apreciam nossos conteúdos artísticos e os games criados por brasileiros”, explica.
O uso de internet no Brasil cresceu 6 vezes desde janeiro, muito por causa da pandemia. Mas, as OTTs nacionais, produtoras de conteúdo, já eram reconhecidas e exportavam bastante. E podem aumentar esta atividade por conta de outra situação: o câmbio favorável.
“As empresas que operam no Brasil e as produtoras de conteúdo não podem perder esta janela de oportunidades surgida com a pandemia. Se um novo padrão de consumo de conteúdo digital está surgindo, exigirá que estes conteúdos sejam produzidos; e se não forem os brasileiros, concorrentes estrangeiros ocuparão o espaço.”, finaliza Nunes.

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.