Com o aumento dos casos do novo coronavírus no Brasil, a adoção do home office torna-se uma das principais saídas para as empresas evitarem aglomerações e, assim, diminuir as chances de contágio entre os funcionários. Além dos cuidados básicos ligados à saúde, como lavar as mãos e o uso extensivo de álcool em gel, as companhias precisam redobrar a atenção quanto ao uso de dispositivos móveis, como notebooks e smartphones.
Liberar funcionários para trabalharem em casa é uma tarefa que exige maturidade por parte das organizações. Por isso, é prioritário criar uma política de segurança da informação e um sistema de proteção adequado para blindar o ambiente digital da empresa durante a fase do home office. A primeira dica é desenvolver protocolos de compartilhamento de informação para garantir a segurança e a integridade de dados confidenciais.
As companhias que já possuem programas de cibersegurança é recomendável que revejam seus sistemas e sua política de acesso remoto à rede corporativa, bem como orientem os colaboradores a terem cautela nos dias de home office. Outra dica é comunicar e explicar aos funcionários de forma clara dos riscos aos quais eles estão expostos se as medidas de segurança necessárias não forem tomadas quando se conectarem à internet fora da rede da empresa.
Dado que o momento é de bastante curiosidade da população sobre os desdobramentos da pandemia, vale ressaltar à equipe remota que não clique em links suspeitos, principalmente se o conteúdo trouxer notícias duvidosas, como “a descoberta da cura do coronavírus”. Também alerte para não abrir e-mails de remetentes desconhecidos, nem acessar sites sem o ícone do cadeado verde, localizado no lado direito da barra de endereço. E, se for o caso, peça que evite comentar ou abrir informações sensíveis da empresa em casa. Às vezes, a mãe, o pai, a esposa ou o esposo, por exemplo, não têm autorização para ter contato com aquele tipo de dado.
Um estudo desenvolvido pela Kaspersky com a consultoria Corpa sinaliza que vivemos numa realidade empresarial na qual 44% das pessoas entrevistadas trabalham em locais com uma política de segurança corporativa sobre uso correto de smartphones e tablets, enquanto 35% atuam em empresas sem nenhuma regra de cibersegurança e 21% desconhecem qualquer tipo de direcionamento de segurança de dados implantado.
Por isso, adicionalmente às dicas acima para um home office seguro, é muito importante disponibilizar uma Rede Privada Virtual (VPN) para conexão segura dos funcionários e restringir os direitos de acesso dos usuários que se conectam à esta rede corporativa. Além disso, utilize protetores de tela para evitar que familiares vejam informações corporativas/confidenciais e atualize de maneira constante os sistemas operacionais e os aplicativos antivírus a fim de proteger todos os dispositivos da empresa.
Em tempos de pandemia do Covid-19, no qual todos já estão suscetíveis devido aos impactos em diversos setores da sociedade, é igualmente fundamental que a empresa ensine o colaborador a ter consciência de que ele também é parte integrante da segurança. Não é só disponibilizar notebook, smartphone ou tablet. É preciso educar.
Por Matheus Jacyntho, Senior Manager da ICTS Protiviti
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