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Uma Nuvem protegida: combatendo as ameaças cibernéticas na era da IA

No final de 2023, hackers avançados atacaram a Cloudflare, tentando acessar um servidor de console vinculado ao novo Data Center da empresa em São Paulo, que ainda não estava operacional. O ataque foi interrompido, e um exame forense revelou que nenhum acesso foi obtido, mas a empresa de infraestrutura de Internet sediada nos EUA substituiu o hardware no data center mesmo assim.

O Brasil é excepcionalmente vulnerável a ameaças cibernéticas devido à sua presença digital em expansão, às altas taxas de uso da Internet e a um conjunto complexo de agentes cibernéticos globais e domésticos que têm como alvo a maior economia da América Latina. Um relatório da empresa de segurança cibernética Trend Micro constatou que o Brasil ficou em segundo lugar no número de ataques de hackers bloqueados no primeiro semestre de 2023, atrás apenas dos EUA.

À medida que a IA generativa começa a permear a sociedade brasileira, o armamento dela por criminosos cibernéticos exacerba os riscos virtuais no Brasil. Todos os tipos de hackers já estão usando a IA em graus variados, mas o uso da IA generativa para tornar as táticas existentes mais poderosas, eficientes e difíceis de detectar está criando um ambiente mais perigoso para organizações de todos os tamanhos. Espera-se que isso aumente o volume de ataques cibernéticos e piore seu impacto.

Reforçando as defesas cibernéticas com IA

Embora a IA possa criar superfícies de ataque que possibilitem crimes cibernéticos, a boa notícia é que as organizações podem aproveitar os recursos de IA para compensar esses perigos, aprimorando a segurança na Nuvem. Casos importantes deste uso incluem a detecção automática e correção de configurações incorretas da Nuvem; identificação de ameaças cibernéticas ativas, como malware; e análise do comportamento do usuário para identificar condutas anormais e possíveis incidentes de segurança.

Para todos os tipos de organizações, as ferramentas de IA generativa podem ajudar as equipes de segurança a detectar e lidar com ameaças, inclusive analisando grandes quantidades de Dados em segundos e fornecendo resumos automáticos de casos. Os profissionais de segurança podem conversar com grandes modelos de linguagem para entender o que está acontecendo na Nuvem e tomar decisões embasadas sem ter que examinar resmas de Dados.

A IA pode reduzir o trabalho, melhorar os tempos de resposta e tornar as organizações mais inteligentes na proteção de suas propriedades de Nuvem.

Essas vantagens abrem um amplo horizonte de aplicativos para o setor. No setor de telecomunicações, a segurança cibernética com IA pode aumentar a proteção da rede, permitindo a análise de tráfego em tempo real, a detecção de anomalias e a resposta automática a ameaças. Essas ferramentas podem ajudar a garantir a integridade e a confiabilidade da infraestrutura de telecomunicações em meio à evolução das ameaças digitais.

Em outro exemplo, a IA pode ser usada para proteger as operações de manufatura, monitorando de forma abrangente a Cadeia de Suprimentos para identificar riscos e vulnerabilidades.

O Brasil precisa de Nuvens “à prova de balas”

À medida que a IA generativa continua a transformar as empresas e organizações do Brasil, gerando mais demanda por serviços em nuvem, uma segurança avançada da Nuvem se tornará cada vez mais essencial para proteger dados e aplicativos. Os usuários exigirão que os provedores de nuvem atendam aos mais altos padrões de privacidade e proteção de Dados e cumpram todas as leis e regulamentações relevantes, como a rigorosa Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil.

Serão necessários esforços intensos de segurança da plataforma para manter uma infraestrutura para todos os usuários, e os relatórios de verificação de conformidade exigirão transparência e acessibilidade. A incorporação da segurança de nuvens se tornará cada vez mais crucial à medida que o Brasil colhe os benefícios econômicos da Transformação Digital e da IA. Em sua luta contra hackers globais e locais que usam ferramentas de IA de última
geração, as organizações adotarão soluções de segurança orientadas por IA para ficar à frente das ameaças, criando uma Nuvem mais segura e confiável para todos os usuários.

Por Kevin Cochrane, diretor de Marketing na Vultr.

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