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IA e Nuvem híbrida brilharam no evento da Red Hat para parceiros

Evento anual Red Hat Summit: Connect reuniu clientes e parceiros para discutir as tendências e oportunidades no universo open source empresarial

IA e Nuvem híbrida brilharam no evento da Red Hat para parceiros

A Red Hat realizou na terça-feira (8/10), em São Paulo, o seu evento anual Red Hat Summit: Connect, que reuniu clientes e parceiros para discutir as tendências e oportunidades no universo open source empresarial. Como não poderia deixar de ser, Nuvem híbrida/Multicloud e Inteligência Artificial (IA) foram os grandes protagonistas do evento, assim como a troca de direção na América Latina. Paulo Bonucci, gerente-geral para a América Latina, que está deixando o cargo para Gilson Magalhães, fez uma breve abertura em tom de despedida e agradecimento. “Com quase 20 anos que a Red Hat está na região, o Gilson será o terceiro gerente-geral. Isso tem uma mensagem importante para clientes, parceiros e associados, que é a estabilidade e continuidade do nosso projeto de entregar o melhor possível dos nossos serviços e produtos aos clientes, juntamente com os nossos parceiros e o time de talentos que temos internamente”, disse.

Gilson Magalhães (foto), que antes era o country manager no Brasil e está assumindo como vice-presidente e gerente-geral da Red Hat na América Latina, falou sobre sua nova missão. “A América Latina foi por seis vez a melhor região do mundo para a Red Hat, o que dá a dimensão do tamanho da minha responsabilidade agora”, observou. “A Transformação Digital exigiu o uso massivo da TI e do open source. Com o volume de dados que a gente trabalha hoje, seria impossível no modelo anterior – Google, AWS, Microsoft dependem do open source; uma startup só consegue começar rapidamente com apoio das comunidades de código aberto. Ganhamos a concorrência do Pix, tudo lá roda em Red Hat, é tudo open source; no domingo (6/10) teve mais uma eleição de sucesso e a Red Hat também contribuiu para o processo eleitoral”, completou.

A Red Hat, além de outros fornecedores, defendem que a futuro está no Multicloud (vários provedores de Nuvem) e na Nuvem híbrida (pública e privada). Só que isso não é uma tarefa fácil para o cliente, pois cada Nuvem possui a sua tecnologia e maneiras de operar. Costurar um ambiente com várias Nuvens é complicado, principalmente na parte de segurança. “Temos interoperabilidade, rodamos praticamente em todos os provedores de infraestrutura e Nuvem. A decisão por Red Hat dá muita flexibilidade, pois a nossa plataforma roda em qualquer lugar. Somos uma empresa de Nuvem híbrida e Multicloud, conseguimos trafegar em todos os grandes provedores”, afirmou Magalhães.

Aposta na IA

A Inteligência Artificial é a grande estrela do momento e a Red Hat também vem surfando nessa onda. Em setembro, a empresa apresentou o RHEL AI (Red Hat Enterprise Linux), uma plataforma de modelo básico (Foundation Model) que permite aos usuários desenvolver, testar e executar modelos de IA generativa (GenAI) com mais facilidade para alimentar aplicativos corporativos. A plataforma reúne a família de grandes modelos de linguagem (LLM) Granite, da IBM, licenciada em código aberto, e as ferramentas de alinhamento de modelos InstructLab, com base na metodologia Large-scale Alignment for chatbots (LAB), empacotada como uma imagem RHEL otimizada e inicializável para implementações de servidores individuais na Nuvem híbrida.

Segundo a empresa, embora a promessa da GenAI seja imensa, os custos associados à aquisição, treinamento e ajuste fino de LLMs podem ser astronômicos, com alguns modelos líderes custando quase US$ 200 milhões para treinar antes do lançamento. Isso não inclui o custo de alinhamento para os requisitos ou dados específicos de uma determinada organização, que normalmente requer cientistas de dados ou desenvolvedores altamente especializados. Independentemente do modelo selecionado para um determinado aplicativo, o alinhamento ainda é necessário para ajustálo com dados e processos específicos da empresa, tornando a eficiência e a agilidade essenciais para a IA em ambientes de produção reais.

Segundo Thiago Araki, diretor sênior de Tecnologia da Red Hat Latam, modelos de IA menores, mais eficientes e criados de acordo com a finalidade formarão uma combinação substancial da pilha de TI corporativa no futuro, juntamente com aplicativos nativos da Nuvem. Mas, para conseguir isso, a GenAI deve ser mais acessível e disponível, desde seus custos até seus colaboradores e onde ela pode ser executada na Nuvem híbrida. Por décadas, as comunidades de código aberto ajudaram a resolver desafios semelhantes para problemas complexos de software por meio de contribuições de diversos grupos de usuários; uma abordagem semelhante pode diminuir as barreiras para adotar efetivamente a GenAI.

Mas as iniciativas da empresa com IA não começaram agora. Desde 2023 a Red Hat tem o Openshift AI, que oferece aos líderes de operações de TI, cientistas de dados e desenvolvedores uma solução única para treinar, implementar, monitorar e gerenciar o ciclo de vida de modelos e aplicações IA/ML, desde experimentos até a produção.

À medida que Large Language Models (LLMs) como GPT-4 e LLaMA se tornam conhecidos, pesquisadores e desenvolvedores de aplicações em todos os domínios e setores estão buscando formas de se beneficiar desses e outros modelos básicos (Foundation Model). Os clientes podem aprimorar modelos comerciais ou open source com dados específicos de um domínio para torná-los mais precisos para seus respectivos casos de uso. O treinamento inicial de modelos de IA exige muita infraestrutura, além de plataformas e ferramentas especializadas mesmo antes que a implantação, ajustes e gestão do modelo sejam considerados. Sem uma plataforma que possa atender a essas demandas, as organizações normalmente enfrentam limitações em como podem de fato usar IA/ML.

Ecossistema de parceiros

Sandra Vaz (foto), diretora de Ecossistema de Parceiros para América Latina da Red Hat, contou que a empresa tem cerca de 2 mil empresas que são parceiras na América Latina, mas nem todas elas transacionam ainda. “Queremos ampliar a nossa cobertura na região, trazendo novos parceiros, pulverizando nossa presença fora dos grandes centros e escalar nossos negócios. Somente iremos crescer através do Canais, seja trazendo novos parceiros ou ajudando os que já são parceiros a serem mais produtivos, oferecendo treinamentos e incentivos – em breve lançaremos um rebate para a plataforma Ansible de automação”, revelou Sandra.

Segundo ela, os parceiros que souberem trabalhar o cliente e identificar oportunidades, vão ganhar mais dinheiro com a Red Hat. “O ganho é um importante pilar de incentivo, mas não é somente ele, os parceiros também gostam de ser reconhecidos com uma empresa inovadora, ter casos de sucesso e ter menos complexidade. Isso os incentiva a ter confiança e investir na capacitação, prestar melhores serviços e ganhar mais. Percebemos que os nossos parceiros gostam de trabalhar com a Red Hat, eles têm confiança neste relacionamento, e isso se transformar em engajamento e dá tranquilidade, pois não temos grandes conflitos”, afirmou.

Em relação aos integradores, que cada vez mais têm assumido o papel de consultoria, Sandra comenta que há iniciativas dentro do programa de Canais para estreitar relacionamentos com esse público. “Como a complexidade da tecnologia está cada vez maior, o papel do integrador tem crescido. Os Global Systems Integrators atuam em grandes empresas, eles são muito especializados, atuam globalmente e também são mais caros, mas há outros integradores menores, com atuação local. Para esses parceiros, oferecemos atualizações constantes, realizamos workshops especializados em indústria e desenvolvemos com eles soluções em conjunto, empacotando os seus serviços. Depois, apresentamos ao cliente e se aprovado, eles fazem a implementação com a nossa ajuda”, finalizou.

 

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