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Como construir uma plataforma de IA em prol dos negócios do distribuidor e seus parceiros?

Algumas ideias, uma experiência e seus primeiros passos.

Tudo começou com um projeto pessoal, com um interesse pelas possibilidades de ajuda da Inteligência Artificial na área jurídica – complexa pelo emaranhado de leis e decisões judiciais dissonantes. A intenção inicial não era criar um produto, mas eu fui usando a IA e aprendendo a construir modelos e plataformas capazes de beneficiar nossos negócios e os de nossos parceiros.

Eu nunca teria feito sozinho. Pouco a pouco a ideia começou a crescer na empresa e eu me vi liderando um time latino-americano para levar a cabo a ideia de um projeto que colocasse a IA a serviço da distribuição, nos seus mais diversos aspectos. Essa ideia prosperou e se materializou em um projeto (ou, mais exatamente, vários projetos conectados de IA) envolvendo um time global, com fundos específicos para o seu desenvolvimento, vindo de diferentes áreas, como se fossem investidores dentro da empresa – nossos patrocinadores.  Assim nasceu a LARA.

A LARA, nossa Inteligência Artificial, são plataformas que se interconectam integrando uma série de ferramentais, como diferentes LLMs, os Large Language Models, treinados em aprendizado de máquina para gerar informação e textos a partir de um grande volume de dados), dos quais o Chat GPT é o exemplo mais famoso, mas não o único.

Embora ainda não possamos falar em um produto pronto, nossa LARA já nos proporciona alguns casos de uso. Com ela já podemos conversar com clientes virtuais, criados a partir da ideia de colaboradores europeus que queriam definir detalhadamente personas de proprietários de revendas com características específicas desde o seu perfil familiar até o segmento em que sua revenda se especializou e por que, em que país, cidade e bairro se localiza, qual seu faturamento, etc. Nesse caso esperamos ser possível conhecer as peculiaridades de nossas diferentes revendas, o que esperam de nós e como melhor atendê-las.

Também pensamos em desenvolver soluções de software que aumentem a produtividade ou proporcionem uma experiência diferenciada aos nossos clientes.

O potencial de utilização da Inteligência Artificial se estende a n tipos de questões pertinentes ao distribuidor e seus parceiros, pelo entrelaçamento de ferramenta e plataformas, pela integração LLMs com informações de empresas e outras bases de dados, pela complementariedade de projetos conectados, pelas interações entre humanos e máquinas, entre máquinas, absorvendo informações de fontes e fins ainda impensados.

A verdade é que ainda estamos engatinhando. No nosso caso, o caminho que estamos trilhando que nossa AI, de uma plataforma interna, tenderá a transbordar as fronteiras da empresa. E junto com as questões técnicas vêm (também entrelaçados a elas) os princípios éticos, a segurança de dados, a participação de stakeholders nas formulações que adotarmos, e também a consciência de que a IA não resolve tudo – mas é, sim, um grande facilitador. E podemos afirmar que hoje fazemos mais coisas e mais rapidamente do que sem ela.

Por Andrés Irazabal, diretor sênior de TI da TD Synnex.

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