A indústria da energia verde está sendo moldada por uma série de inovações tecnológicas que, além de otimizar processos, melhorar a eficiência e aumentar a sustentabilidade, também transformam sua produção, distribuição e consumo. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, em 2023, o Brasil atingiu 93,1% da geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Entre as principais tecnologias emergentes nesta área, destacam-se a inteligência artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT), a realidade virtual (RV), os drones e o big data.
Com a capacidade de aprender e analisar vastos conjuntos de Dados, a IA está otimizando sistemas de energia, prevendo necessidades de manutenção e gerenciando redes de forma eficiente. A projeção é que o mercado global de IA no setor de energia atinja US$ 75,82 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 27,9%. Isso é resultado da crescente demanda por redes de informação aprimoradas para garantir a sustentabilidade no setor energético.
Além disso, a IoT está introduzindo uma nova era na produção de energia ao permitir a coleta, análise e gestão eficientes de Dados. Essa tecnologia dá origem às “smart grids”, que são redes fundamentais para a transmissão e integração de grandes volumes de dados. Como resultado, os ativos conectados à rede elevam a eficiência operacional e reforçam a adaptabilidade do sistema.
Em projetos de sistemas fotovoltaicos, por exemplo, o uso da internet das coisas permite a identificação de problemas à distância, com acionamento automático de equipes para a resolução deles, o que ocasiona economia de tempo e força de trabalho.
Já no setor de petróleo e gás, a Realidade Virtual tem aumentado a eficiência geral das operações ao permitir a criação de ambientes simulados, que ajudam os profissionais a explorar campos de petróleo com detalhes e precisão. Isso inclui monitoramento em tempo real dos processos, que permite ajustes rápidos e tomadas de decisões informadas. Durante as perfurações, os geólogos podem analisar dados de subsuperfície e fazer previsões consistentes, reduzindo a incerteza associada a essa atividade.
Os drones também estão emergindo como uma tecnologia revolucionária no setor de energia, especialmente na inspeção e manutenção de infraestrutura de energia solar e eólica. De acordo com o Drones in Energy Sector Market Report, espera-se que esse mercado global se expanda em US$ 178,36 milhões até 2030, graças à crescente demanda por processos de inspeção mais seguros.
Equipados com câmeras de alta resolução e tecnologia de imagem térmica, esses equipamentos podem identificar defeitos e danos em painéis solares e turbinas eólicas de maneira eficiente, permitindo que as empresas de energia realizem inspeções de rotina, detectem problemas antecipadamente e realizem reparos em tempo hábil. Isso evita paralisações dispendiosas e maximiza a produção energética.
Por fim, a análise de Big Data tem desempenhado um papel fundamental na otimização das operações no setor de energia. Espera-se que, globalmente, esse mercado cresça de US$ 9,31 bilhões em 2024 para US$ 15,89 bilhões até 2029, com um CAGR de 11,28% durante o período de previsão. De maneira geral, a análise de Dados e os processos orientados por Dados ajudam a reduzir custos e reforçar os esforços de sustentabilidade. Quando combinada com IA e Machine Learning, otimiza a produção de energia, aprimora o gerenciamento da rede e aborda preocupações ambientais com mais eficiência.
A análise de Big Data também oferece insights que podem prever padrões de consumo de energia, identificar falhas em equipamentos e melhorar a distribuição de recursos. Ao utilizar essas informações, as empresas podem aprimorar a eficiência dos sistemas de energia, reduzir desperdícios e minimizar o impacto ambiental. Além disso, a análise preditiva permite a manutenção preventiva dos equipamentos, evitando paralisações inesperadas e garantindo a continuidade dos serviços.
Ou seja, a adoção de inovações tecnológicas está na vanguarda da próxima geração de empresas no setor de energia. As parcerias estratégicas e as sinergias coletivas são essenciais para a transformação e modernização desse segmento. As oportunidades são vastas e a combinação de avanços tecnológicos de ponta e equipes experientes pode promover medidas eficientes, sustentáveis e resilientes. Esse é o caminho para a inovação e o crescimento sustentável nos próximos anos.
Por Giuliana Corbo, CEO da Nearsure.
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