Cisco apresenta seu novo conceito de segurança Cisco Hypershield

A Cisco realizou na quinta-feira (18/4) em São Paulo o evento Cisco Engage Brasil 2024, que reuniu clientes, parceiros e especialistas para debater as novas tecnologias, tendências e também apresentar as novidades do portfólio de soluções da empresa. O Cisco Engage deste ano também comemorou os 30 anos da empresa no Brasil. A grande estrela do evento foi o lançamento mundial do Cisco Hypershield, uma nova arquitetura de segurança que promete revolucionar o setor.

“Não se trata de uma atualização de algo que já existe, mas a primeira geração de algo novo, não existe nada parecido com isso. É algo que vem resolver uma velha questão em cibersegurança, que é o perímetro e onde colocar o ‘castelinho’ de segurança, como se falava. Essa solução Hypershield é a base para uma nova estratégia de cibersegurança. O conceito é de uma fabric (estrutura) e não uma cerca ou barreira, em que se delimita um perímetro e se cria regras de controle de acesso”, comentou Ghassan Dreibi, diretor de Cibersegurança para a América Latina da Cisco. “Este lançamento foi criado especificamente para controle distribuído, para segmentação automatizada, para facilidade de gestão e orquestração de Data Centers de alta performance em tráfego leste-oeste em comunicação entre máquinas dentro do mesmo ambiente, e não a comunicação entre Data Center e a Internet”, explicou.

Criada com tecnologia originalmente desenvolvida para Nuvens públicas de hyperscale, o Hypershield agora está disponível para equipes de TI de empresas com Data Centers de alta performance. Por ser mais uma fabric do que uma barreira, a solução permite que a aplicação de segurança seja colocada onde quer que ela seja necessária. Pode ser em qualquer serviço de aplicação no Data Center, no cluster Kubernetes na Nuvem pública, em contêiner e máquina virtual (VM, na sigla em inglês) etc. Ele pode até transformar cada porta de rede em um ponto de aplicação de segurança de alto desempenho, trazendo recursos de segurança completamente novos não apenas para Nuvens, mas para o Data Center, no chão de fábrica ou em uma sala de imagens de um hospital. Essa nova tecnologia bloqueia ameaças de aplicativos em minutos e interrompe o movimento lateral em suas trilhas.

A aplicação da segurança com o Hypershield acontece em três camadas diferentes: no software, nas máquinas virtuais e nos servidores e dispositivos de rede e computação, aproveitando os mesmos aceleradores poderosos de hardware que são amplamente usados na computação de alto desempenho e nas Nuvens públicas de hyperscale.

Trabalho híbrido

A Cisco também anunciou no evento os resultados da pesquisa Global Hybrid Work Study, que detalha como a realidade da experiência no escritório se compara às expectativas dos colaboradores. Novo estudo também destaca como os empregadores estão investindo na IA como uma ferramenta transformadora para colaboração e produtividade no local de trabalho.

O estudo mostra que, embora os colaboradores estejam otimistas quanto à volta ao escritório, eles consideram que os espaços são extremamente centrados no trabalho individual, em vez de ambientes que promovam a colaboração e a criatividade. À medida que as empresas globais fazem a transição para modelos híbridos, tanto os empregadores como os colaboradores reconhecem a necessidade de espaços no escritório que incentivem a colaboração e a inovação. Os empregadores concordam que os investimentos em tecnologia e IA são essenciais para aumentar a produtividade e atrair os melhores talentos, mas poucos têm estratégias para implementar a tecnologia em toda a sua organização.

A pesquisa foi realizada com 14.050 colaboradores e 3.800 empregadores em 19 países, incluindo o Brasil. Entre as principais descobertas estão:

Os funcionários querem colaboração no escritório: o relatório revela que os funcionários estão otimistas em relação ao retorno ao escritório, desde que os espaços apoiem a colaboração contínua, a interação social e o brainstorm criativo. Embora 72% dos colaboradores estejam otimistas quanto ao regresso ao escritório, apenas 47% acreditam que os seus ambientes de trabalho estão equipados para esta nova era de trabalho híbrido. É hora de promover e projetar espaços no escritório que realmente apoiem a forma como os colaboradores desejam trabalhar juntos.

A tecnologia do escritório precisa mudar para permitir a colaboração: 85% dos empregadores afirmam que a maior parte do seu espaço no escritório é distribuída em espaços de trabalho pessoais, criando ambientes individuais e incentivando hábitos de trabalho individuais. A infraestrutura e a integração tecnológica são um grande desafio em todo o mundo, com salas de reuniões ineficazes devido à tecnologia inadequada de áudio e vídeo, prejudicando a produtividade e as ações colaborativas. 41% dos empregadores nas Américas, 52% na Ásia-Pacífico e 42% em toda a Europa consideram as salas de reunião ineficazes para aumentar a produtividade no escritório, e a principal razão é a insuficiência de terminais de áudio e vídeo.

Os empregadores irão investir em design e tecnologia nos escritórios para atrair os melhores talentos: 81% dos empregadores já reformularam ou planejam reformular seus espaços de trabalho nos próximos 24 meses. No Brasil, esse dado é ainda maior: 87%. Mas estas melhorias não são apenas “estéticas”: 90% dos empregadores nas Américas, 94% na Ásia-Pacífico e 85% nos países europeus disseram que as melhorias no espaço de trabalho voltadas para a colaboração são altamente ou moderadamente eficazes para atrair e reter os melhores talentos. Isto é a prova de que o ambiente certo pode ser um atrativo poderoso para uma força de trabalho qualificada.

As empresas reconhecem o valor da IA para aumentar a produtividade: os empregadores estão assumindo um forte compromisso para integrar a IA no local de trabalho. Até 2025, 73% investirão em software de colaboração baseado em IA (no Brasil, 87%), com 68% planejando aprimorar seus espaços de trabalho com tecnologias de IA (no Brasil, 84%). 80% dos empregadores planejam investir em IA para espaços de trabalho e colaboração até o final de 2025, reconhecendo o potencial da IA para revolucionar o ambiente de trabalho (no Brasil, 90%). Isso ressalta a necessidade de acelerar a adoção de IA no local de trabalho para aumentar a produtividade e criar um ambiente de escritório pronto para o futuro.

Os empregadores devem concentrar-se em eliminar os gaps de competências em IA: embora 43% dos colaboradores tenham acesso a tecnologias de IA, menos da metade se sente plenamente preparado para sua utilização. Um em cada 4 funcionários dizem não estar bem-preparados para utilizar a IA, o que reforça a necessidade de capacitação pelas empresas e da necessidade em selecionar uma IA que satisfaça as demandas da organização e de cada equipe.