A economia digital do Brasil e da América Latina é pujante e complexa. Trata-se de um quadro onde a digitalização avança com tendências como o trabalho remoto, a computação em Nuvem e o uso massivo de aplicações SaaS.
Neste contexto, organizações de todos os tamanhos e segmentos enfrentam dois desafios extremamente importantes em cibersegurança. O primeiro é a escassez de profissionais altamente capacitados em cibersegurança, especialmente com capacidades de detecção e resposta a ameaças TDR e operações de segurança SecOps. O estudo mais recente da Força de Trabalho em Cibersegurança da ISC2 indica que há uma lacuna de 5,5 milhões de profissionais globalmente e 1,2 milhão somente na América Latina. Sem esse tipo de profissionais, as organizações não estão preparadas para enfrentar grupos de cibercrime, especialmente grupos de ransomware como serviço. Segundo o Relatório de Ameaças Cibernéticas 2024 da Sonicwall, o ransomware foi uma das ameaças mais recorrentes na América Latina durante 2023, com mais de 490 milhões de detecções relacionadas a esse tipo de ataque.
O segundo desafio são os silos de informação e a fadiga de alertas. Esse é um fenômeno gerado pela digitalização empresarial, com novas tecnologias da informação demandando novos controles de cibersegurança. Muitos controles ainda operam de forma isolada, sem uma integração efetiva. Esse enfoque individual dificulta a visibilidade completa do panorama de ameaças, impedindo uma resposta holística aos incidentes de segurança. Além disso, a fadiga de alertas (a sobrecarga de notificações de segurança, muitas das quais são falsos positivos) desgasta as equipes de segurança, já enfraquecidas pela falta de recursos com habilidades sofisticadas em SecOps e TDR. Isso reduz a eficácia na detecção de ameaças reais e aumenta o risco de não se responder adequadamente a incidentes críticos.
A solução para esses desafios multidimensionais está na simplificação e consolidação dos controles de cibersegurança, adotando uma abordagem de plataforma. Uma plataforma de cibersegurança unificada oferece uma solução holística que aborda os problemas operacionais associados aos silos de informação e à fadiga de alertas e centraliza a gestão de cibersegurança, tornando-a mais eficiente para uma equipe humana limitada em número.
É aqui que os MSPs podem capitalizar novas oportunidades de negócios, oferecendo cibersegurança como plataforma como uma solução unificada que responde diretamente a esses desafios mencionados, entregando valor agregado a seus clientes através de:
Compensação do déficit de talento
Os MSPs podem transferir habilidades sofisticadas em SecOps e TDR, oferecendo acesso a equipes de especialistas e tecnologia avançada sem que as organizações precisem aumentar seu pessoal interno. Isso não só ajuda a mitigar os riscos de segurança cibernética, mas também reduz os custos associados à contratação e treinamento de especialistas.
Minimização dos silos de informação
Implementando uma plataforma de cibersegurança unificada, os MSPs facilitam a integração das ferramentas de cibersegurança das organizações, outras ferramentas de TI do negócio, melhorando a visibilidade e a consistência na gestão de ameaças e respostas a incidentes.
Redução da fadiga de alertas
Através de soluções que integram Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina e ciência de Dados, os MSPs podem oferecer sistemas que priorizam eficientemente os alertas, minimizando os falsos positivos e permitindo que as organizações ajam sobre as ameaças reais e críticas.
O enfrentamento dos desafios de cibersegurança no Brasil e na América Latina é uma oportunidade de negócios para os MSPs que se baseiam na entrega de cibersegurança como plataforma. Essa estratégia aborda de maneira eficaz os problemas atuais de déficit de talento, silos de informação e fadiga de alertas. E posiciona os MSPs como parceiros estratégicos na luta contra o cibercrime em uma região em rápido desenvolvimento digital.
Por Juan Alejandro Aguirre, diretor de Soluções de Engenharia da SonicWall América Latina.
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