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Futurecom: IA Generativa é um dos principais debates do encontro Pós-MWC Barcelona

Levar a infraestrutura da rede 5G Core para Nuvem é mais uma das tendências apontadas no evento com o fim de viabilizar sua monetização

Futurecom: IA Generativa é um dos principais debates do encontro Pós-MWC Barcelona

Entidades representativas do setor das TICs debateram perspectivas de desenvolvimento humano e dos negócios com o rápido avanço da IA Generativa. O encontro Pós-MWC Barcelona 2024 by Futurecom reuniu representantes de entidades como Anatel, Telebrasil, Telcomp, além de algumas empresas, e trouxe a público análises e tendências percebidas pelas delegações brasileiras que participaram do evento de tecnologia móvel. Com o tema “Conectando ideias, inovando mercados e transformando negócios”, o evento foi realizado pelo Futurecom, plataforma de conectividade, tecnologia e inovação da América Latina, em parceria com a Kpmg.

Em muito pouco tempo vamos vivenciar o aprimoramento das operações de redes com ênfase nas necessidades de hiperpersonalização e segurança 

Um dos principais objetivos do debate foi apresentar novas possibilidades às companhias, organizações setoriais e empresas de vários setores a direcionarem suas estratégias rumo a uma nova realidade impulsionada rapidamente pela Inteligência Artificial Generativa. Do ponto de vista de tecnologias de automação e desempenho de redes de telecomunicações, a discussão pontuou temas como eficiência energética, conectividade, monetização da quinta geração da telefonia móvel (5G), Edge Computing, FWA (Fixed Wireless Access) e a importância da evolução dos processos com base em Cloud Computing.

De acordo com Hermano Pinto, diretor de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom, que mediou o debate, “o que presenciamos no MWC não nos deixa dúvida sobre como a IA e a IA Generativa transformarão radicalmente os negócios e as experiências, o que vai potencializar o mercado de telecomunicações”. “Em muito pouco tempo vamos vivenciar o aprimoramento das operações de redes com ênfase nas necessidades de hiperpersonalização e segurança.”

A discussão dos temas do Pós-MWC Barcelona By Futurecom 2024 contou com a contribuição dos especialistas Ari Lopes, da Omdia; Artur Coimbra, Conselheiro da Anatel; Marcos Ferrari, Presidente Executivo do Telebrasil; Amanda Ferreira, Gerente de Regulatório e Jurídico da Telcomp; Estella Dantas, Diretora de Relações Institucionais da V.tal; e Marcio Kanamaru, Sócio- líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Kpmg.

Oportunidades
Ampliar o portfólio de serviços e produtos em vários setores da economia a partir da transformação gerada pela IA foi o foco da conversa entre os debatedores, unânimes na opinião de que as oportunidades se ampliarão na mesma proporção e velocidade das necessidades de usuários, empresas e prestadores de serviços. Para isso, há a necessidade do incentivo a novas tecnologias, solucionar a eficiência energética e garantir a cibersegurança. Para Ari Lopes, gerente Sênior de Pesquisa e Mercados das Américas da Omdia, “parcerias e fusões de empresas do setor serão mais intensas para proporcionar o ganho de escala e lucratividade”. “Como exemplo de oportunidade, vimos pouco de Edge Computing no MWC, o que pode representar um grande potencial de gerar negócios promissores em B2B nos próximos dois ou três anos no Brasil e na América Latina.” O executivo reforça que nos Estados Unidos, as empresas já começaram a formatar estratégias com essa tendência.

A importância da adesão das operadoras móveis brasileiras ao modelo Open Gateway, da GSMA, também foi lembrada como meio de integração de serviços para desenvolvimento de APIs (Interface de Programação da Aplicações) com padrão aberto para as redes das operadoras. O conceito API Everywhere é visto como uma boa janela de oportunidades.

Levar a infraestrutura da rede 5G Core para Nuvem é mais uma das tendências apontadas no evento com o fim de viabilizar sua monetização. Dessa forma, é possível projetar a arquitetura distribuída da rede e se aproveitar o Edge Computing para garantir para garantir alta eficiência, ganho de desempenho e baixa latência. Isso transforma as redes em plataformas de serviços.

Regulação
A necessidade de regulação no uso de recursos da IA entrou na pauta do encontro, já que o tema é o centro de várias discussões do ponto de vista ético e da cibersegurança. A exemplo do que já foi realizado na União Europeia, primeira a regular a IA, no Brasil ter responsabilidade no uso da IA é ponto central para se evitar danos à sociedade.

Foi citado no encontro o projeto de lei PL n° 2338, de 2023, considerado um dos avanços do Brasil em relação a outros países na questão da regulamentação do setor. O pioneirismo do país está expresso em legislações como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), além da fundação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A expectativa é de que a regulação seja definida rapidamente.

Eficiência energética
Geração de energia limpa e gestão para melhor aproveitamento pelas redes de telecomunicações é uma preocupação constante com soluções expostas no MWC. A tecnologia embarcada nas redes exige cada vez mais um consumo progressivo de energia e a adoção de sistemas com maior eficiência energética são necessários para se obter economia dos sistemas de comunicação a serem implementados nas redes 5G e nas futuras 6G. Hermano Pinto comenta que viu no MWC casos em que a IA auxilia a otimização de redes para gerar energia para estações radiobase, sendo aproveitadas as energias eólica e solar ou até pequenas turbinas eólicas.

Redação Futurecom Digital | 22 Mar, 2024

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Comentários

  1. Caio Fernando

    Mas eles discutiram como os verdadeiros criadores do que as IAs imitam entram na jogada? Ahn, acho que não, né?

    1. Irene Barella

      Olá Caio. Vamos solicitar à equipe da Futurecom que respondam ao seu questionamento. Gratos a você por acompanhar as notícias em Infor Channel.

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