book_icon

Realidade Estendida: um convite para o real potencial da IA

Atualmente, discutir a importância da Inteligência Artificial (IA) é uma tarefa inegavelmente complexa, devido à amplitude do termo e sua relação com nossa sociedade. Não por acaso, é sempre necessário trazer uma visão cada vez mais específica e aprofundada, que ilustre, objetivamente, de qual maneira a IA pode ser abraçada por empresas, seja para reformular processos, facilitar a comunicação ou assegurar a segurança de informações digitais.

Com tantas possibilidades, é natural que os usuários levantem dúvidas sobre questões de usabilidade, objetivos e funcionalidades por trás de soluções inovadoras. Despontando como uma vertente de enorme potencial no campo da inovação, está a Realidade Estendida (XR – Extended Reality), enquanto um conceito de imersão e experiência com ferramentas desenvolvidas através de IA, a fim de simular cenários inventivos, com foco em jornadas virtuais que dinamizem a relação das pessoas em realidades integradas e programadas por dispositivos.

As frentes de AR, MR e VR
Esse formato, claro, deve ser desmembrado para categorias que compõem o quadro de XR no mercado atual. E muitos exemplos estão mais perto do nosso dia a dia do que imaginamos. A Realidade Aumentada (AR – Augmented Reality) possibilita a adição de elementos virtuais ao ambiente real, ou seja, a integração de objetos criados por IA em qualquer local, seja um quarto, uma sala de reuniões ou um estabelecimento comercial. Essa sobreposição é recorrentemente utilizada para estimular a interatividade do usuário, dentro de modelos de navegação intuitivos, e até por isso, marcam presença em dispositivos móveis, pelo uso complementar da câmera.

Já no campo da Realidade Mista (MR – Mixed Reality), também existe um fator determinante de combinação entre universo físico e digital, mas que vai além da ampliação da realidade, trazendo possibilidades ainda mais imersivas ao usuário. Aqui, a interação habita os dois lados da moeda, em uma mistura harmônica de peças reais e virtuais. E como outro diferencial, também pode ser respaldada por uma tecnologia de Realidade Virtual (VR – Virtual Reality), personificada pelo uso de um headset que proporcione uma visualização avançada desses objetos, criando uma experiência, como o próprio termo sugere, misturada.

A propósito, o uso de VR tem pavimentado um terreno extremamente fértil para entusiastas de IA na criação de realidades extraordinárias. Inseridos em ambientes 100% virtuais, os usuários contam com headsets especialmente desenvolvidos para ingressar em simulações realistas, possibilitando, inclusive, ações sensoriais. Um bom exemplo é a atribuição da VR nos videogames, movimentando um mercado de alta competitividade com obras produzidas exclusivamente nos moldes de Realidade Virtual.

Qual é a relação com a cibersegurança?
Ao passo que a Inteligência Artificial (IA) avança como um todo, é esperado (e necessário) que políticas de cibersegurança, personificadas por ferramentas de proteção e prevenção a ataques criminosos, acompanhem esse ritmo acelerado de evolução. De fato, a Realidade Estendida estabelece novos desafios ao tema, com foco para a utilização do formato no âmbito público e privado.

Se há uso e inserção de Dados pessoais em simulações e cenários originados pela IA, a lógica de consentimento e privacidade deve ser aplicada. Indivíduos maliciosos não estão alheios ao fenômeno de XR, podendo agir para violar ambientes virtuais e provocar danos graves à segurança da informação. Portanto, vale abrirmos esses parênteses entre tantos diferenciais: o investimento em Realidade Estendida também precisa considerar soluções de cibersegurança, a fim de sanar vulnerabilidades e garantir uma experiência segura ao usuário.

Sim, existe vida para a XR nas empresas!
Todas essas alternativas – que não são únicas, por sinal –, se apoiam na ideia de que a Inteligência Artificial pode e deve servir à experiência do usuário, colocando tecnologias de ponta a serviço do que o mercado de consumo exige. Essa lógica não só é aplicável à prestação de serviços e/ou vendas de produtos, como representa um futuro que já começou no setor corporativo. Empresas podem traçar uma jornada de transformação de seus processos por vias tecnológicas, direcionando ferramentas como as citadas anteriormente para construir relações produtivas com o público. Em termos de Experiência do Usuário (UX – User Experience), essa é uma inciativa absolutamente estratégica.

Só para termos como referência, imagine uma loja de móveis e decoração capaz de oferecer ao usuário a oportunidade de projetar sua vitrine de móveis diretamente na sua casa, antes de realizar a compra. É o que a IKEA, gigante sueca do segmento, tem feito em seu aplicativo com o suporte da AR.

Como e de qual forma encontrar a compatibilidade do seu negócio com o uso da Realidade Estendida e seus braços tecnológicos. Talvez, esse seja o principal desafio em um mundo que tem absorvido novidades em um ritmo acelerado. Entendo que, com projetos abrangentes e que fomentem a participação de profissionais especializados, bem como o uso de soluções comprovadamente efetivas, a IA pode cumprir um papel transformador na condução de relacionamentos transgressivos com os clientes, criando momentos e interações memoráveis, que fortaleçam laços e demonstrem todo o potencial de empresas modernas.

Por André Dantas, diretor de Tecnologia da QWize.

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.