O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs – IODE-PMEs, indica expansão de 10,1% na movimentação financeira média das pequenas e médias empresas, PMEs, brasileiras em novembro de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior. É um bom ritmo de crescimento neste quarto trimestre, segundo Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, que ressalta também o avanço expressivo em outubro (+14,6% YoY). No acumulado do ano até novembro, o índice mostra crescimento de 6,4% na comparação com igual período do ano anterior.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, divididas em 678 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
De acordo com o economista, o resultado do último mês, do ponto de vista setorial, se mostrou alinhado às tendências apresentadas pelo índice desde o segundo trimestre do ano, com as PMEs Industriais e de Serviços protagonizando o crescimento do mercado brasileiro em 2023. “O comportamento do IODE-PMEs se mostra alinhado com o desempenho do PIB brasileiro no terceiro trimestre do ano, que também foi puxado na margem pelo avanço das atividades industriais e de serviços”, reforça.
Como visto nos últimos meses, o crescimento do setor industrial (+24,2%) em novembro, registrado pelo IODE-PMEs, se mostra disseminado entre as atividades contempladas no indicador. De 23 subsetores da indústria de transformação acompanhados pelo índice, 19 mostraram crescimento de dois dígitos no último mês, com destaque para as atividades de ‘Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos’, ‘Impressão e reprodução de gravações’ e ‘Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados’.
No setor de Serviços, as PMEs também mantiveram bom desempenho em novembro (+7,5% YoY), após avançarem 13,4% em outubro. No mês, o resultado positivo do setor foi condicionado, especialmente, pelo avanço dos segmentos de ‘Atividades financeiras’, ‘Atividades administrativas e serviços complementares’ e ‘Saúde humana e serviços sociais’.
No segmento de infraestrutura, por sua vez, o IODE-PMEs de novembro mostrou estabilidade da movimentação financeira real das PMEs (-0,1% YoY) com avanço das atividades no segmento ‘Serviços especializados para construção’, mas fracos resultados em ‘Construção de edifícios’ e ‘Obras de infraestrutura’.
Já as s PMEs do comércio, voltaram a recuar no período (-2,7% YoY), com frustração das expectativas em torno dos impactos esperados do período de promoções da Black Friday sobre o segmento varejista (que recuou 13,7% YoY em novembro). Segundo Beraldi, algumas atividades que tiveram desempenho negativo no período são consideravelmente afetadas por campanhas publicitárias e promoções relacionadas à data. É o caso, por exemplo, dos segmentos do varejo de ‘eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo’, ‘equipamentos de telefonia e comunicação’, ‘equipamentos para escritórios’, ‘móveis’ e ‘calçados’.
Por outro lado, pondera o economista, a queda do Comércio vem sendo reduzida nos últimos meses pela recuperação das PMEs do comércio atacadista, que mostraram modesto avanço de 1,4% YoY em novembro, após +5,5% em outubro.
“Para 2024, esperamos que o mercado de PMEs siga em crescimento no país, ainda que em ritmo mais modesto, reflexo da sustentação da renda das famílias, de menores pressões inflacionárias e do início dos efeitos do ciclo de redução da taxa básica de juros (Taxa Selic) pelo Banco Central. O cenário de curto prazo, no entanto, segue permeado por incertezas, reflexo da própria perda de fôlego da economia brasileira como um todo no período recente”, analisa.
Sobre o IODE-PMEs
Compreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa da scale-up Omie é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil. Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 150 mil clientes*, cobrindo 678 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística. Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos
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