Um dos setores da economia que mais deve se beneficiar do advento de novas tecnologias é o de biotecnologia, de acordo com especialistas do setor e cientistas presentes na Automation Fair 2023, feira de inovação industrial da Rockwell Automation, empresa dedicada à automação industrial e Transformação Digital.
Neste ano, a feira aconteceu em Boston e apresentou para mais de 10 mil participantes as grandes tendências e inovações da manufatura global. O setor de biotecnologia foi um dos destaques do evento.
De acordo com o CTO do Instituto Avançado de Manufatura Regenerativa (ARMI, na sigla em inglês), Tom Bollenbach, a análise profunda de Dados permitida por tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) já representa uma grande mudança para a indústria de biotecnologia.
No ARMI, Bollenbach e sua equipe estão trabalhando na produção de células-tronco derivadas do pâncreas, um processo que leva 37 dias. “Se eu tiver uma falha no processo e meu produto não atender a um padrão final, da forma como a indústria sempre funcionou, eu preciso realizar uma análise da causa e depois tento repetir o processo, que leva mais 37 dias”, explica.
No entanto, segundo Bollenbach, com ferramentas avançadas de análise de dados, esse processo pode ser encurtado para alguns dias. Essa mudança na velocidade do trabalho científico irá permitir um ganho de escala exponencial em pesquisas e desenvolvimento tecnológico na área da saúde. Impulsionando, por fim, o crescimento da indústria de biomanufatura, que combina ciência e escala industrial.
A Rockwell Automation é um dos primeiros membros do ARMI e fornece toda a tecnologia que conecta os pilotos das linhas de produção criadas pelo instituto. Segundo Bollenbach, os hardwares, aparelhos inteligentes e sistemas de automação da Rockwell Automation estão permitindo a padronização e documentação das pesquisas para aprovação com órgãos reguladores.
Segundo Bollenbach, entre os desafios para a manufatura de biotecnologia está a conexão entre a pesquisa de laboratório com processos de automação certificados por autoridades. Outro desafio reside em aplicar automação para grupos distintos de produtos biotecnológicos, como tecidos e células.
“Imagine o uso de células-tronco para o tratamento de Alzheimer. A questão mais importante é: como eu meço tudo o que a célula está produzindo? Tudo o que está contido nela, cada lipídio, proteína, o que está na superfície da célula. Mas ao obtermos um grande conjunto de Dados unificados, podemos começar a entender onde estão as correlações usando ferramentas modernas de análise de Dados, computação avançada e IA. E isso é uma abordagem muito mais rápida,” explica o CTO do ARMI.
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