Presidentes das principais nações do mundo, chefes de estado, lideranças políticas e empresariais globais, cientistas do clima e ambientalistas têm encontro marcado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU). No local, vai acontecer a 28ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (ONU) – a COP28, entre 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023. Hoje, dia 4, o CEO da green4T, Eduardo Marini, participará do painel “Inovação Sustentável para um Futuro Sustentável”, onde apresentará a palestra “Tecnologia Verde: O Papel Crítico da TI na Sustentabilidade Global”.
A ideia é trazer uma proposta de discussão relevante sobre como empresas, organizações e governos que dependem do processamento de Dados para suas atividades devem se engajar em uma jornada de eficiência energética em suas estratégias de TI, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar o impacto ambiental.
Construção da jornada
Ao desembarcar em Dubai, a green4T reafirma o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a construção de uma economia net zero. Nesse sentido, desde a sua fundação, em 2016, a companhia tem buscado acelerar, implementar ações efetivas e aderentes à agenda ESG (Environment, Social and Governance, em inglês).
Em 2021, a companhia passou a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil empresas e organizações de 160 países. A mesma instituição nomeou o CEO da green4T como porta-voz do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 9, que aborda a construção de infraestrutura resiliente, a promoção da industrialização inclusiva e sustentável, além do fomento à inovação.
Além disso, a empresa submeteu suas metas à Science Based Targets Initiative (SBTi) com o objetivo de reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 em 46,2% e do escopo 3 em 51,5% por milhão de EBITDA até 2030. Essa iniciativa está alinhada aos esforços globais para limitar o aumento da temperatura do planeta em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Na COP28, além de acompanhar as plenárias e discussões, Eduardo Marini participará do fórum organizado pela Responding to Climate Change, entidade sem fins lucrativos criada há mais de 20 anos e nomeada observadora da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC), da Convenção de Diversidade Biológica (CBD), da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e Special Advisory do Conselho Social e Econômico da ONU.
Consumo energético da infraestrutura de Dados
Dada a importância do tema discutido pela green4T durante a COP28, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), os centros de Dados consomem entre 1-1.5% de toda a energia elétrica produzida no mundo em um ano. Em números exatos, 201 TWh, equivalente a 40.4% de toda a eletricidade usada no Brasil em 2021. Em cenários piores, como o estimado pelo pesquisador sueco Anders Andrae, os Data Centers do mundo consumirão cerca de 20% da energia elétrica produzida no mundo, sendo responsável por 5.5% das emissões de carbono.
O assunto entrou na pauta dos governos da Europa. Em setembro passado, o Parlamento Alemão sancionou o “Energy Efficiency Act” (Lei de Eficiência Energética), um conjunto de medidas para reduzir o consumo de energia elétrica no país em 26,5% até o fim da década, em relação a 2008. No que tange aos centros de Dados, dentre as novas diretrizes, uma delas exigirá que as empresas enquadrem estes centros dentro de um PUE (Power Usage Effectiveness) de 1.2 – que apresenta índices que variam entre 1 e 3, onde este último indica uma infraestrutura altamente ineficiente (gasto 3x superior ao cenário possível de eficiência).
Na França, as autoridades locais planejam limitar o uso de ar-condicionado nos centros de Dados para conter o aumento do consumo de eletricidade. De acordo com o France Data Center, uma mudança de 21ºC para 23ºC na temperatura interna nas salas dos servidores proporcionaria uma economia de eletricidade de 7% a 10%.
Outra medida em análise pelos governos da França e Alemanha é o redirecionamento do calor gerado pelos servidores para aquecer casas, estufas e piscinas nas comunidades próximas aos Data Centers. A proposta já foi colocada em prática na Dinamarca, onde centros de processamento de Dados de duas empresas ajudam no aquecimento de prédios, hospitais e do sistema de distribuição de água.
Sustentabilidade e eficiência
A green4T tem trabalhado para reduzir em até 60% o consumo elétrico dos centros de Dados, Nuvens privadas e ecossistemas “Near-Edge, far-Edge” – partes essenciais da infraestrutura tecnológica que tem permitido um crescimento exponencial dos negócios digitais.
A estratégia inclui a implementação de um Plano de Ações Multidisciplinares (MAP, em inglês), que atua no campo físico (hardware) e lógico (software) do Data Center, promovendo uma relação mais positiva entre o consumo energético voltado ao processamento dos dados e toda a infraestrutura de TI.
Parte dessa eficiência é medida pelo Power Usage Effectiveness (PUE). Uma simulação desenvolvida pela green4T em 2022 revelou que a otimização desse indicador nas empresas brasileiras – de 2.40 para 1.67, que é a média global – permitiria uma economia de energia da ordem de 4.7 TWh, o equivalente ao consumo anual de 2,4 milhões de famílias brasileiras.
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