Boa parte das indústrias do País opera com maquinário e tecnologia antiga e defasada, segundo pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a sondagem “Idade e Ciclo de Vida das Máquinas e Equipamentos no Brasil”, realizada em 2023, a idade média dos equipamentos é de 14 anos para as indústrias extrativista e de transformação, sendo que quase 40% deles já passaram ou estão próximos de alcançar a idade recomendada pelo fabricante.
Dentre as empresas participantes, divididas entre pequenas, médias e de grande porte, apenas 2% responderam que utilizam equipamentos de até dois anos e meio. Em contrapartida, 28% usa máquinas, equipamentos e tecnologia que possui de 10 a 15 anos de operação. Ao comparar os setores industriais, o de biocombustíveis apresentou maior defasagem, alcançando 20 anos de utilização, em média. Os maiores investimentos nesse setor ocorreram de 2005 a 2007.
“A indústria nacional perde produtividade e competitividade no cenário regional e até global ao manter seus parques fabris antiquados” destacou o diretor da Nomus, empresa de tecnologia de gestão industrial, Thiago Leão. Segundo o especialista, custos com manutenção, consumo de energia, quebras não previstas e menos eficiência são as principais implicações diretas de se operar com máquinas antiquadas.
De acordo com a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), no último ano, os investimentos em máquinas e equipamentos já haviam caído e, no início de 2023, registraram um número 6,5% menor.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo