As mineradoras têm operações complexas com instalações em ambientes remotos, recursos de segurança e de saúde limitados e infraestruturas diversificadas espalhadas em diferentes locais. Além disso, precisam cumprir regulamentações rigorosas em termos socioambientais, de segurança e de saúde, bem como atender às exigências de investidores, cada vez mais atentos a critérios ESG.
Suas instalações distantes de polos urbanos são mais vulneráveis a roubos, vandalismo e invasões. As operações, por sua vez, necessitam de rápida e efetiva resposta a emergências, como acidentes de trabalho, colapsos de minas, vazamentos de gases e explosões, eventos climáticos desafiadores, entre outros. “Os riscos são múltiplos, assim como a quantidade de variáveis a serem controladas, tanto para a proteção de pessoas, do meio ambiente, de ativos e propriedades; quanto para as operações em si, cujo custo de parada ou de manutenções não programadas é muito elevado”, afirma Andréa Mansano, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Genetec para a América Latina.
Alguns exemplos de riscos nestes ambientes são: utilização de explosivos; manutenções de subestações de energia; circulação de caminhões fora de estrada (com visibilidade restrita); vazamento de gases; deslizamentos etc. Somado a tudo isso, é muito comum encontrar grande número de sistemas de monitoramento que trabalham de forma isolada, sem padronização e com integrações frágeis, que dependem de atualizações constantes para boa comunicação (procedimentos feitos com dificuldade e muito tempo de dedicação das equipes de TI).
A executiva da Genetec alerta ainda que há a necessidade de gestão de dados sensíveis, pois as mineradoras acumulam quantidade significativa de dados, incluindo informações de reservas minerais, planos operacionais, dados financeiros e pessoais de funcionários. “Esses dados são estratégicos e precisam ser protegidos contra vazamentos, roubos de propriedade intelectual e violações de privacidade”, ressalta Andréa.
Esta demanda somada à Transformação Digital com maior integração entre as infraestruturas de Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia de Operações (TO), torna a cibersegurança fundamental para as mineradoras, que dependem de ativos (equipamentos e maquinários) caros e essenciais para suas operações e que, além dos softwares e hardwares de TI, apresentam fragilidades que podem ser explorados por hacker em ciberataques.
“Operações tão complexas e de alta periculosidade exigem monitoramento remoto e unificado para a rápida identificação de vulnerabilidades ou problemas de segurança. Nas áreas de maior risco, quanto menos profissionais forem necessários para que atividades sejam executadas, maior a segurança de pessoas, tornando as operações remotas (procedimentos monitorados à distância por câmeras e sensores) uma estratégia importante.
A tecnologia auxilia na digitalização de procedimentos operacionais padrões (POPs). É possível, por exemplo, cruzar dados de credenciais, porte de EPIs reconhecido por imagem de vídeo e treinamentos atualizados para acesso a determinados locais, impedindo que profissionais que não atendam a essas condições consigam acessá-los. Em situações de gestão de incidentes, que somam muito estresse e pressão aos responsáveis de segurança ou das operações, é possível que esses operadores sejam guiados passo a passo em cada um dos procedimentos necessários para a resolução mais rápida e segura da ocorrência.
A Mineração 4.0, motivada pela Transformação Digital, é uma tendência cada vez mais presentes e está muito relacionada ao uso de plataformas proativas, inteligentes, unificadas e com rastreabilidade para ampla consciência situacional de todas as operações e pessoas envolvidas.
Soluções unificadas
Diante de um cenário de alta complexidade, como o de mineração, é essencial que as empresas possam contar com soluções de segurança unificadas e abertas, como o Security Center. A plataforma da Genetec permite a adoção de novas tecnologias e equipamentos (controles de acesso; câmeras de vídeo; radares; dispositivos contra incêndios; sensores de aproximação, de temperatura, de tremores de terra; alarme, entre muitos outros) para assegurar a proteção de todas as unidades operacionais, com monitoramento e controle remoto unificado em um única central de segurança. Há clientes, por exemplo, que controlam sites localizados em distintos países a partir de uma única central.
Quanto maior a unificação de múltiplas variáveis de segurança e de operações, menores são os riscos e maior é a capacidade de reação rápida a incidentes. Outros benefícios relacionam-se à infraestrutura de tecnologia mais eficiente e padronizada, menores custos com treinamentos de múltiplas plataformas e redução de tempo em tratativa com os respectivos fornecedores.
Segundo Andréa, o Genetec Security Center é uma ferramenta de mineração 4.0, pois previne paradas operacionais não planejadas, por meio de câmeras e sensores estratégicos na linha de produção, controlando sua boa operação. Caso algo saia dos critérios recomendados alarmes são disparados e correções podem ser realizadas antes que consequências mais graves e custosas aconteçam. Para dar alguns exemplos, a partir desses dispositivos, é possível prevenir sobrecarregas em esteiras ou moinhos, garantir a alocação correta de pilhas de minérios em caminhões, ou tornar atividades totalmente remotas em ambientes insalubres.
Serviço
www.genetec.com/br.
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