A comunicação via satélite é um conceito que se desenvolveu durante as últimas décadas e nos permite ter acesso a serviços como, por exemplo, televisão e internet, entre outros. E graças aos novos protocolos desenvolvidos por organizações como a 3GPP, estamos próximos de ter novas implementações que consigam combinar redes celulares terrestres 5G e via satélite, conceito conhecido como “redes não terrestres” (NTN), A tecnologia terá grande utilidade em países com dimensões continentais, como o Brasil, no qual é possível encontrar várias regiões com áreas de sombra (onde o cliente tem o sinal interrompido para ligações e internet por conta de barreiras físicas como montanhas) ou onde simplesmente não há cobertura de rede. Segundo Dados do IBGE, mais de 70% das propriedades rurais no país não têm acesso à internet, por exemplo.
A ideia é melhorar a próxima geração de conectividade, ampliando em grande parte o alcance dos dispositivos e mantendo todos conectados. A base para essa tecnologia está no relatório 3GPP Release 17. Espera-se que os serviços via satélite 5G iniciem este ano e se expandam nos próximos anos.
A desigualdade na conectividade é um dos desafios que enfrentamos em todo o mundo, e é acentuada na América Latina. De acordo com a OCDE, somos uma das regiões com menor nível de acesso à internet, com países como o México com 66,4% de cobertura, a Colômbia com 60,5%, a Costa Rica com 81,3% e o Brasil com 81,5%, longe dos países colocados em primeiro lugar, como a Coreia do Sul a Noruega ambas com 99%.
Em busca de soluções inovadoras para os desafios cotidianos, a MediaTek é uma das empresas que lideram o projeto de padronização 3GPP NTN, com o objetivo de promover a criação de um ecossistema aberto que beneficie o maior número de pessoas, ampliando a cobertura, inclusive em áreas remotas ou de difícil acesso. Com essa tecnologia e possível ampliar sensivelmente a área de cobertura, complementando os serviços de emergência mesmo em áreas mais distantes (como o meio da floresta Amazônica) e o sistema de rastreamento de veículos e cargas, que é afetado atualmente por zonas onde não há sinal disponível.
As redes não terrestres 5G NTN incluem dois tipos de soluções: a primeira é focada em soluções de Internet das Coisas, onde teremos conexões de baixa velocidade de Dados e baixa largura de banda, ideais para serviços de mensagens e localização, agricultura, transporte, logística e outras operações em áreas remotas, adicionando uma camada além do alcance da cobertura celular terrestre.
O segundo tipo de redes NTN está sendo preparado para acabar com a desigualdade restante da cobertura celular, oferecendo serviços de banda larga que incluam voz e dados para regiões pouco povoadas e marítimas, onde há uma necessidade de serviços essenciais como navegação e comunicações em tempo real. É por isso que a MediaTek lidera o projeto de padronização 3GGP NTN, com o objetivo de criar um ecossistema aberto que beneficie o maior número de pessoas.
Umas das condições necessárias de todas as redes NTN é que o acesso não implique em carga operacional ou de hardware adicional para os usuários finais. Deve existir e funcionar perfeitamente nos principais dispositivos do mercado de massa, como smartphones, tablets e dispositivos Mi-Fi, e ser parte de uma assinatura de celular normal. Ao compartilhar a mesma pilha de protocolos, os modens podem ocasionalmente integrar tecnologias terrestres e via satélite em uma única solução 5G completa, capaz de alternar perfeitamente entre redes terrestres e via satélite no mesmo dispositivo.
“Na MediaTek, acreditamos que a conectividade via satélite será um dos pilares para acabar com a desigualdade digital e levar a conectividade a todos os cantos. Estamos liderando o caminho na padronização das redes não terrestres e estamos entusiasmados por fazer parte da próxima geração de conectividade 5G, que mudará a forma com a qual interagimos e nos comunicamos em todo o mundo”, comenta Alexander Rojas, gerente de vendas e desenvolvimento de negócios da MediaTek.
A MediaTek se tornou uma das principais desenvolvedoras de 5G NTN com base nos padrões 3GPP, liderando a indústria com suas primeiras soluções no mercado. Com isso, busca oferecer novos tipos de conectividade que nos ajudem a melhorar o acesso, a qualidade de serviços e o desenvolvimento, inclusive nas regiões mais remotas, o que agora será possível graças aos desenvolvimentos de redes não terrestres, que complementarão a oferta já existente.
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