Riscos ambientais são os agentes nocivos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Quando tratamos sobre riscos ambientais, é comum pensar que eles estão limitados a setores específicos, como o do Agronegócio e a construção civil, por exemplo. No entanto, é importante saber que eles estão presentes nos mais diversos segmentos e também em operações que podem parecer simples e livres de maiores ameaças. Infelizmente, os riscos ambientais podem causar perdas de diferentes tipos – o que pode envolver, inclusive, sérios danos à vida e/ou à saúde das pessoas afetadas e, consequentemente, para a empresa.
Segundo Dados do Instituto de Pesquisa Ecológicas, a COP 15 definiu as metas do marco global de biodiversidade pós 2020, que vão orientar as ações mundiais pela conservação da biodiversidade até 2030. Dentre elas está:
META 15: Adotar medidas legais, administrativas ou políticas para incentivar e viabilizar negócios e, em particular, para garantir que grandes empresas transnacionais e instituições financeiras:
(a) Monitorem, avaliem e divulguem com transparência seus riscos, dependências e impactos sobre a biodiversidade, inclusive com requisitos para todas as empresas e instituições financeiras grandes e transnacionais ao longo de suas operações, cadeias de suprimentos e valor e portfólios;
(b) Fornecer informações necessárias aos consumidores para promover padrões de consumo sustentáveis;
(c) Informar sobre o cumprimento dos regulamentos e medidas de acesso e repartição de benefícios, conforme aplicável; a fim de reduzir progressivamente os impactos negativos sobre a biodiversidade, aumentar os impactos positivos, reduzir os riscos relacionados à biodiversidade para empresas e instituições financeiras e promover ações para garantir padrões sustentáveis de produção.
Diante deste cenário, fica cada vez mais visível a importância do alinhamento e estratégias de crescimento das empresas, em prol da preservação de recursos, redução de impactos e remediação de Dados no meio ambiente. Nesse contexto surge a Governança Ambiental, Social e Corporativa, mais conhecida como: ESG (Environmental- Social and Governance).
ESG no ambiente corporativo
As temáticas que envolvem a sigla ESG, vêm ganhando cada vez mais espaço no ambiente corporativo. Iniciada em 2006 a partir da criação do documento Princípios para o Investimento Responsável, pela ONU (Organização das Nações Unidas), sugere que as empresas sejam avaliadas pelos investidores não só em relação aos seus aspectos econômicos como sua responsabilidade ambiental, social e de governança.
Para Bruno Santos, sócio e responsável pela Gestão de Terceiros da Bernhoeft, consultoria pioneira em GRT há 20 anos, a temática ESG, traz para as empresas a implementação de novos hábitos e objetivos, os quais podem ser definidos de acordo com a visão para os próximos anos, entendendo que não é coerente que grandes mudanças sejam realizadas de forma repentina, pois envolve a mudança de Cultura das Organizações e Cultura não é possível mudar rapidamente. “É preciso entender qual o impacto que o seu Negócio traz para a Sociedade e para o Meio Ambiente. Após a definição das metas para o futuro, através da matriz de materialidade e do conhecimento do potencial da sua empresa, é possível buscar o cumprimento da legislação vigente na sua cidade e atuar de forma ativa na redução de impactos ambientais, garantir qualidade de vida e direitos aos colaboradores e transparência nos processos de governança da empresa”, explica o especialista.
Tipos de Riscos Ambientais
Os riscos ambientais podem ser identificados de acordo com sua área de influência, sendo direta, indireta e por meio da área diretamente afetada pela ação de operação e ampliação do empreendimento. Esses riscos podem ser apontados através da interferência no meio físico, da falta de um sistema de gestão ambiental que auxilie no cumprimento da legislação ambiental vigente. Veja alguns dos principais riscos ambientais:
Poluição do ar e emissão de gases de efeito estufa.
Poluição da água.
Desmatamento e perda da biodiversidade.
Gestão inadequada dos resíduos.
Uso insustentável dos recursos naturais.
Falhas no cumprimento da regulação ambiental.
Então, como agir de forma prática para prevenir os riscos ambientais e reduzir prejuízos ?
A importância do monitoramento da Gestão de Riscos Ambientais
O monitoramento dos riscos ambientais pode ser definido como um conjunto de atividades que conduzem as empresas com a avaliação e controle de seus fornecedores. Ou seja, busca realizar a inspeção e minimização dos riscos, a partir da coleta e processamento de informações. O processo pode ser realizado com a avaliação do cumprimento da legislação ambiental vigente, realização de auditorias em campo para monitoramento do ambiente no qual está inserido o empreendimento, realização de acompanhamento na execução do Sistema de Gestão Ambiental.
“A intensificação de avaliação e monitoramento de fornecedores resulta na melhoria do desempenho da cadeia como um todo, desde os aspectos como a qualidade, agilidade, flexibilidade e custo”, conta Bruno Santos. “A partir da imposição de requisitos mínimos definidos pelos contratantes, é possível estimular que os fornecedores atuem com visíveis melhorias nas três dimensões da sustentabilidade”, completa.
Quando uma empresa se encontra na contramão dessa caminhada, ela pode sofrer riscos de obter a reputação negativa, visto que a sustentabilidade é uma preocupação crescente entre os consumidores e uma possível falha dos seus fornecedores poderia prejudicar toda a cadeia de suprimentos. “Os riscos legais e de conformidade podem ser encarados como cumplicidade em casos de atividades ilegais sendo realizadas por seus fornecedores e atividades que possam causar significativos danos ambientais, comprovando a importância da homologação dos seus fornecedores e verificação de todo o cumprimento da legislação”, detalha Santos.
Por fim, pode haver prejuízos financeiros pela falta de verificação através da aplicação de multas, custos de remediação ambiental, perdas de clientes e receita.
A Gestão de Riscos Ambientais e os seus benefícios
A Gestão de Riscos Ambientais tem o objetivo de prevenir, controlar e reduzir os impactos ocasionados por empresas ou empreendimentos por meio do planejamento de medidas e procedimentos técnico- administrativos. Ela pode variar conforme o porte da empresa e sua atividade desempenhada. “Existem iniciativas e padrões internacionais, como a ISO 14.001 (Sistema de Gestão Ambiental) que fornecem diretrizes e melhores práticas para a gestão ambiental internamente na empresa”, explica Bruno Santos.
Na avaliação de riscos ESG, as empresas conseguem avaliar o cumprimento da legislação vigente, com uma análise detalhada da documentação presente e monitoramento do vencimento, realização de visitas in loco, auditorias para acompanhamento do desenvolvimento das atividades, bem como o cumprimento das exigências realizadas pelo órgão ambiental competente.
As empresas estão funcionando – cada vez menos – de forma isolada, sendo necessário terem o pensamento como uma cadeia que realiza o trabalho em conjunto para obter resultados positivos, tornando imprescindível a adoção de medidas sustentáveis a todos os integrantes presentes na cadeia de suprimentos, para a redução dos impactos no meio ambiente e a preservação dos recursos naturais. “Vale lembrar que os cuidados com o meio ambiente não são uma preocupação apenas para o futuro. A preservação dos recursos, da fauna e da flora são também uma preocupação para o nosso presente”, finaliza Bruno.
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