Imagine sair de um posto de saúde com a informação de que você é sério candidato a ter diabetes daqui a três anos – mesmo com avaliações que, à primeira vista e pelo olho humano, não indicariam esse quadro. Ao mesmo tempo, seguir para casa em uma rota de deslocamento otimizada, e tendo em mãos o acesso digital a uma lista de hábitos que podem ser incorporados ao seu dia a dia para evitar que isso aconteça. E o mais importante: ter esses atendimentos em infraestrutura planejada com anos de antecedência e já prevendo suas necessidades.
É isso que propõe a Dara, Inteligência Artificial (IA) desenvolvida pela IPM Sistemas, uma GovTech especializada em tecnologia para gestão pública. A IA tem aplicação abrangente nas diferentes áreas da gestão pública e consegue, além de antecipar o prognóstico de doenças como a diabetes, apoiar no planejamento da infraestrutura das cidades e mobilidade urbana, prever a demanda pelo serviço público, e antecipar ocorrências como a evasão escolar. A novidade foi apresentada pela empresa catarinense no dia 10 de maio no 38º Congresso Mineiro de Municípios, maior evento municipalista estadual do Brasil, em Belo Horizonte (MG).
A Dara é uma IA proprietária, desenvolvida integralmente no Brasil e para a gestão pública brasileira. A ferramenta cruza milhões de dados em poucos segundos, encontrando padrões que fogem ao olhar humano. Líder de Inteligência Artificial da IPM, Ana Mees, formada em Engenharia Biomédica e Eletrônica pela Duke University, diz que na saúde e na educação, a Dara já vem apresentando resultados com confiabilidade superior a 95% em municípios atendidos pela empresa.
“Anos antes de realmente precisar abrir um posto de saúde ou creche em determinado bairro, a Dara já consegue prever isso e definir qual o local ideal para construção, guiando o gestor público. Mesmo em caso de desastres, forçando o fechamento de uma unidade de educação, por exemplo, a Dara consegue rapidamente criar um plano B e ajudar a reorganizar os serviços”, explica Ana.
“Com as projeções da Dara, conseguimos antecipar mudanças e necessidades e apoiar o gestor público nas decisões de investimento, pensando com anos de antecedência e com foco na qualidade de vida da população. Tudo isso com uma IA que aprende e melhora ainda mais com o tempo”, explica Lúcia Mees, gerente de Tecnologia e Inovação na IPM e também formada em Engenharia pela Duke University.
Desenvolvida com apoio de médicos, professores, engenheiros, e gestores públicos, Dara é baseada em Machine Learning para planejamento, previsão, e solução de problemas, considerando mais de 1 milhão de parâmetros para um município de médio porte, por exemplo. Ela cruza essas informações em poucos segundos para encontrar padrões e traçar planos de ação mesmo em situações inéditas. A ferramenta não exige a inserção de novos dados, mas permite personalizações de acordo com as necessidades da cidade, e dispensa investimentos adicionais em infraestrutura tecnológica local por estar em Nuvem.
Segundo Ana, todos os dados já estão disponíveis e são coletados diariamente nos pontos de contato do município com os cidadãos, como postos de saúde e escolas. “Com um volume intenso de atendimento nos serviços essenciais, por exemplo, não seria possível para uma pessoa identificar e compreender todas as variáveis que influenciam os resultados, e é aí que a Dara muda o jogo”, diz. “A decisão final sempre será do gestor público. Mas ele não vai ter que escolher entre um caminho ou outro às cegas, e vai contar com informações e indicações de que caminho seguir e como, para ter o melhor resultado para a população com o investimento mais eficiente”, completa.
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