Enquanto a Microsoft anuncia novo recurso de Inteligência Artificial, Brasília está sediando a maior competição de robótica educacional do Brasil. Por sua vez, Sobral (CE), município que obteve o título número um por oferecer a melhor educação do País, introduzirá a disciplina Pensamento Computacional no currículo escolar. A tecnologia chegou ao novo século a um patamar que não tem mais volta e exige que as futuras gerações dominem as máquinas, para não se deixarem dominar.
Empresas inovadoras e de olho no futuro das próximas gerações, buscam via as leis de incentivo, patrocinar projetos que levam formação tecnológica para dentro das escolas. Para o diretor da agência Muda Cultural, Ítalo Azevedo, o interesse das empresas por projetos formativos começou a alguns anos, quando a cultura digital chegou ao Brasil.
Um dos projetos da Muda Cultural, é o Aprendizes Digital, que está em sua terceira edição e leva oficinas semanais de robótica educacional para alunos das escolas públicas em vários cantos do País. O projeto também prevê a formação dos professores das instituições contempladas.
“Desde o primeiro ano do projeto, os alunos e os professores ficaram muito envolvidos. Nossos estudantes são de classe média baixa, e nunca teriam acesso à robótica, se não fosse contemplado pelo Aprendizes Digital”, conta o diretor André Luiz da Silva, da EE Prof. Sebastião de Souza Bueno, na Vila Medeiros, em São Paulo.
Para o diretor do Transformative Learning Technologies Lab – TLTL, da Universidade de Columbia, Paulo Blikstein, investir em projetos de inovação é uma forma de tornar o ensino mais significativo, desde que todas as ferramentas estejam atreladas à aprendizagem.
Mais importante do que a Tecnologia brilhando na mesa, é permitir um espaço de criação e descoberta para os alunos. “A geração atual nasceu conectada. Quando levamos para a sala de aula problemas para os alunos resolverem via robótica, eles se sentem mobilizados e pensam fora da caixa”, conta Thiago Costa, coordenador da Robomind, empresa de robótica educacional e responsável pelas oficinas oferecidas pelo projeto.
“Houve ano que a empresa patrocinadora Clearsale – de segurança cibernética- chamou dois alunos do ensino médio que haviam terminado o curso, a estagiarem na empresa”, lembra Costa. Ele explica que o intuito do projeto é dar aos alunos o acesso a ferramentas que provocam o desenvolvimento das suas habilidades, tanto em sala de aula, como futuramente na vida profissional.
Empresas privadas interessadas a incentivar projetos que introduzem a tecnologia, por meio da Arte e da Cultura, no currículo escolar das escolas públicas por meio das leis de incentivo, podem optar pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, e o Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo – ProAC, por meio de incentivos fiscais.
A Lei Federal de Incentivo à Cultura permite que empresas e pessoas físicas financiem projetos culturais e tenham os valores abatidos do Imposto de Renda. Já o programa de incentivo do Governo do Estado, executado por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, permite que as empresas patrocinem projetos e com isso abatam parte do valor investido do ICMS devido.
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