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Gastos com Nuvem somou US$ 247 bi em 2022, afirma Canalys

Em 2023, espera-se que os gastos globais com serviços de infraestrutura em Nuvem aumentem 23% no ano inteiro, em comparação ao crescimento de 29% em 2022

Gastos com Nuvem somou US$ 247 bi em 2022, afirma Canalys

Os gastos mundiais com serviços de infraestrutura em Nuvem cresceram 23% ano a ano no quarto trimestre de 2022, atingindo US$ 65,8 bilhões, um aumento de US$ 12,3 bilhões em comparação ao mesmo período de 2021. Para todo o ano de 2022, o gasto total com serviços de infraestrutura em Nuvem cresceu 29%, somando US$ 247,1 bilhões, bem acima dos US$ 191,7 bilhões registrados em 2021.

Segundo dados da pesquisa, a taxa de crescimento trimestral desacelerou, caindo mais de 10 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2022 (34% no primeiro trimestre de 2022 contra 23% no quarto trimestre de 2022). O aumento dos custos da Nuvem pública, impulsionados pela inflação, está forçando os clientes corporativos a otimizar os seus gastos, após investimentos constantes em TI nos últimos três anos em Transformação Digital. As incertezas macroeconômicas estão contribuindo para uma abordagem mais conservadora dos orçamentos de TI.

Os clientes que estão atualmente em modelos de faturamento pay-per-use otimizarão as atividades de Nuvem para reduzir o consumo de Nuvem e economizar custos

Um número crescente de clientes está ajustando as estratégias de Nuvem para maior eficiência e controle. Isso inclui avaliar a repatriação de determinadas cargas de trabalho em Nuvem para Data Centers privados ou de Colocation para reduzir custos, impulsionando uma maior adoção de estratégias híbridas e Multinuvem.

Embora a demanda corporativa por serviços em Nuvem persista, a taxa de crescimento dos serviços de infraestrutura em Nuvem continuará diminuindo nos próximos trimestres. Em 2023, a Canalys espera que os gastos globais com serviços de infraestrutura em Nuvem aumentem 23% no ano inteiro, em comparação com 29% em 2022.

A realidade da piora das condições macroeconômicas e a recessão iminente provocaram uma desaceleração no volume e no ritmo da migração para a Nuvem no quarto trimestre, especialmente por clientes corporativos, que normalmente têm cargas de trabalho maiores. Os hyperscalers foram inevitavelmente afetados, com seu crescimento caindo cerca de 5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Os três primeiros no quarto trimestre de 2022 – AWS, Microsoft Azure e Google Cloud – cresceram coletivamente 26%, respondendo por uma participação combinada de 65% dos gastos do cliente.

“Os clientes corporativos estão respondendo aos preços mais altos da Nuvem e aos custos operacionais acima do esperado sob as difíceis condições macroeconômicas”, disse Yi Zhang, analista de Pesquisa da Canalys. “Os clientes que estão atualmente em modelos de faturamento pay-per-use otimizarão as atividades de Nuvem para reduzir o consumo de Nuvem e economizar custos. Haverá também uma desaceleração considerável na aceitação de contratos de Nuvem, o que também resultará em uma diminuição na receita de Nuvem associada”, comentou.

“Os clientes estão repensando como usam a Nuvem em suas operações comerciais”, disse Alex Smith, vice-presidente da Canalys. “Em alguns casos, há uma desaceleração natural na demanda de computação, já que as operações principais apresentam menos atividade. Além disso, o orçamento conservador entre as empresas levará a menos experimentação durante os próximos 12 meses”, afirmou.

Desempenho

A AWS liderou o mercado de serviços de infraestrutura em Nuvem no quarto trimestre de 2022, respondendo por 32% do gasto total. Ela cresceu 20% anualmente, uma taxa de crescimento mais baixa de todos os tempos para a AWS, de acordo com estimativas da Canalys. O declínio dos gastos dos clientes corporativos, combinado com o aumento da energia do servidor e dos custos operacionais, resultou em um impacto cada vez mais negativo em sua lucratividade.

Mas a AWS continua a investir ativamente em seus ecossistemas de canal para expandir seu alcance e adquirir novos clientes. Neste trimestre, a AWS anunciou a conquista de novos clientes com nomes importantes, incluindo Nasdaq, Yahoo e Descartes Labs. Em termos de investimento de capital, lançou as regiões da AWS na Espanha e na Suíça, bem como uma segunda região na Índia para continuar aumentando a pegada de infraestrutura da AWS.

O Microsoft Azure detinha 23% do mercado global de serviços de infraestrutura em Nuvem e permaneceu como o segundo maior provedor depois de crescer 31% ano a ano. Apesar de observar um crescimento de consumo moderado no Azure, espera-se que sua receita permaneça estável, pois seu compromisso de reserva cresceu para US$ 189 bilhões no quarto trimestre de 2022.

O Azure continua liderando o mercado de computação híbrida com o Azure Arc à medida que mais clientes migram para serviços de Nuvem híbrida. Anunciou que tem mais de 12 mil clientes do Azure Arc, o dobro do número de um ano atrás, incluindo empresas como Citrix, Northern Trust e PayPal. A Microsoft também está apostando muito na IA como um impulsionador do crescimento do Azure, após seu anúncio como provedor de Nuvem exclusivo para OpenAI para executar seus serviços de IA, incluindo ChatGPT, em que é esperada maior integração.

Já o Google Cloud foi o terceiro maior provedor de serviços em Nuvem e ultrapassou AWS e Azure com crescimento de 36% ano a ano, respondendo por 10% do mercado. O Google Cloud continua relatando perdas operacionais, mas as perdas foram reduzidas. Seus produtos diferenciados e estratégia focada de entrada no mercado estão ajudando a impulsionar o cliente.

O Google Cloud se comprometeu a um envolvimento mais profundo com sua comunidade de parceiros de canal para impulsionar o crescimento em 2023. A integração de clientes importantes, incluindo empresas como Siemens Energy, Intel, Qualcomm e Magic Leap, continuou a gerar um crescimento constante da receita em 2022. Em seus esforços para melhorar a lucratividade, o Google Cloud anunciou uma iniciativa para estender o ciclo de vida de seus servidores e equipamentos de rede para seis anos para reduzir os custos de depreciação nos próximos trimestres.

Serviço
www.canalys.com

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