2022 foi o ano em que finalmente pudemos olhar a pandemia em retrospecto e aprender quais tecnologias realmente vieram para ficar. Dentre os principais avanços que se fixaram durante este ano que passou, destacam-se o estabelecimento definitivo do trabalho remoto, a implementação do 5G no Brasil, o uso de serviços em nuvem por empresas e consumidores e a hegemonia do comércio eletrônico.
5G chegou e está alçando voo
Foi apenas no meio de 2022 que o 5G pôde aparecer no País. Com isso, avanços que já eram muito esperados por consumidores e pelas empresas de tecnologia puderam começar a caminhar. É verdade que ainda não temos a infraestrutura adequada para carros autônomos, cirurgias remotas ou taxa de download de 10 GB por segundo. Mas o que já conseguimos implementar no Brasil entrega uma conectividade incrível para usuários e um horizonte infinito de possibilidades para as empresas – com destaque para redes privadas, por exemplo.
Com esse tipo de arquitetura, organizações podem criar fábricas e escritórios inteligentes e hiperconectados instalando suas próprias antenas para atender desde funcionários até dispositivos autônomos. O aumento da complexidade, escala e demanda de conectividade irá exigir investimentos em hardware e plataformas que deem conta dessa evolução, conforme a Anatel autoriza cada vez mais localidades a implementar o 5G.
Trabalho e dispositivos remotos
Trabalhar remotamente é uma realidade sem volta para empresas inovadoras e de tecnologia, por demanda do negócio e funcionários. Como consequência, muitas delas se viram obrigadas a fornecer equipamento de trabalho para todos os seus funcionários, além de adaptar suas rotinas internas com apps de trabalho e produtividade.
Esse movimento contribuiu para o aumento significativo de dispositivos no Brasil: segundo levantamento realizado pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV, em 2023, haverá 216 milhões de computadores (desktop, laptop e tablet) no Brasil – um computador por pessoa, enquanto existem 242 milhões de smartphones funcionando no país, também segundo levantamento recente da FGV.
Alguns podem se perguntar: se todos têm computadores e celulares, quem irá comprar novos equipamentos? Mas a verdade é que a constante atualização softwares e aplicações é mais que necessária para empresas que pretendem ser líderes, especialmente por questões de segurança. A oferta de tecnologia de ponta ano após ano é cada vez mais uma tendência.
Comércio eletrônico, delivery e consumo digital
De acordo com a pesquisa “The Impact of Tech in 2022 and Beyond”, estudo realizado pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), após a pandemia, 51% dos líderes em tecnologia no Brasil afirmam que o número de dispositivos conectados à sua rede empresarial – desde smartphones e computadores até veículos e drones — aumentou até 1,5 vezes. Essa mudança é reflexo não apenas da implementação do home office, mas também da digitalização de todo tipo de serviço, que agora vão à casa do usuário. São milhões de laptops para bases operacionais – sem contar com o aumento da capacidade de servidores e datacenters que as empresas tiveram que adquirir ou contratar para gerenciar operações agora muito maiores e mais dinâmicas.
Ainda de acordo com a pesquisa do IEEE, líderes de TI brasileiros acreditam que o setor de serviços financeiros (54%) e o de entretenimento (48%) foram as áreas mais impactadas pela transformação digital no último ano. As duas áreas cresceram tanto que precisaram de toda uma nova camada de infraestrutura para entregar qualidade aos clientes que também se tornaram mais exigentes com o boom de serviços digitais.
Onde ficam os Canais parceiros?
Os Canais parceiros são os pivôs dessa mudança de paradigma para nós, empresas de tecnologia. A rápida Transformação Digital vem acompanhada de grandes investimentos e mudanças internas de infraestrutura.
Segundo o estudo Market Guide for SaaS Management Platforms, 50% das empresas estarão utilizando a computação em Nuvem para gestão interna até 2026. O avanço da Nuvem como paradigma dá ainda mais espaço para os Canais, que hoje já oferecem soluções extremamente específicas, como Home Office as a Service, Workplace as a Service, Loja as a Service, Segurança as a Service, Data Centar as a Service, entre muitos outros. O ano de 2022 foi o ano em que finalmente percebemos que não há limite para o que pode ser oferecido como serviço – e isso é ótimo para empresas e para todo consumidor final, que vai poder contar cada vez mais com soluções flexíveis, dinâmicas e rápidas.
Por Fabiano Schunck, gerente de Canal de vendas da AMD no Brasil.
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