Diretores de Finanças possuem um conjunto de competências e habilidades que os classificam como melhores candidatos à sucessão do Chief Executive Officer – CEO. A conclusão é de estudo da Russell Reynolds Associates, líder global em busca de altos executivos e consultoria em avaliação e desenvolvimento de lideranças.
A pesquisa identifica contudo que, mesmo com altos índices de desempenho nas organizações e maior potencial para ocuparem a liderança executiva, os Chief Financial Officers – CFOs, são, muitas vezes, esquecidos no planejamento sucessório dos CEOs. Um exemplo da contradição é que a análise da trajetória de executivos somente de empresas que integram o índice Standard & Poor’s 500 (S&P 500) mostra que menos de 20% dos diretores fizeram a transição da cadeira de Finanças ou ocuparam a função anteriormente. A pesquisa global avaliou mais de 2,5 mil perfis de lideranças e aponta ainda os pontos fortes e os desafios que os profissionais de Finanças encontram no caminho para as cadeiras de CEO.
“Um bom plano de sucessão precisa de “opcionalidade”. Ao analisar e desenvolver todos os executivos seniores da companhia, aumenta-se o número de candidatos internos e as chances de sucesso na escolha do próximo CEO”, explica Fernando Machado, consultor da Russell Reynolds. “Os CFOs possuem habilidades fundamentais para serem bem-sucedidos como CEO, mas ainda assim precisam ser desenvolvidos para lidar com as mudanças impostas à função por um cenário global de instabilidade e incertezas políticas e econômicas”, conclui Machado.
O estudo da Russell Reynolds classificou as competências-chave de CEOs e CFOs e constatou que eles pontuam igualmente em três aspectos: definição de estratégias, liderança de equipe e relacionamento e influência. Quando se fala em obtenção de resultados, os líderes de Finanças pontuam acima dos diretores executivos, revelando um perfil mais equilibrado e assertivo para tomadas de decisão. A análise dos perfis mostra que CEOs são mais propensos a assumir riscos e aproveitar oportunidades para superar o desempenho do que os CFOs. No entanto, o pragmatismo e perspicácia dos diretores financeiros se revelam como habilidades fundamentais para identificar quais inovações funcionarão dentro da organização.
Para uma transição bem-sucedida da posição de CFO para CEO, a Russell Reynolds ressalta que é preciso desenvolver certas habilidades, como capacidade de influenciar outros gestores, inteligência emocional, resiliência e visão de negócios para fornecer valor a longo prazo. Os executivos entrevistados pela empresa trazem um importante ponto de atenção: por mais que um cargo de CEO seja atrativo, é preciso que o futuro candidato goste de liderar e desenvolver pessoas, focando no potencial de cada indivíduo.
Mesmo com toda preparação, pode haver desafios e imprevistos na transição para CEO. Para enfrentá-los, a Russell Reynolds recomenda que os diretores financeiros que almejam a função se concentrem em três áreas: Arquitetar o Futuro, Influenciar stakeholders e Liderar em Escala. A primeira exige mudança de mentalidade, deixando o comportamento de CFO no passado para planejar, junto aos acionistas, o que esperar pelos próximos anos. Na segunda, o foco está em nutrir relacionamentos com outros líderes, dentro e fora da companhia. Por último, é preciso desenvolver líderes com pensamentos inovadores e incentivá-los a participar ativamente em um plano de comunicação aberto e transparente.
O estudo da Russell Reynolds é baseado em entrevistas com um seleto grupo de CEOs bem-sucedidos que fizeram a transição de CFOs, análise de mais de 2,5 mil perfis de diretores financeiros, além da jornada dos líderes do índice S&P 500.
A Russell Reynolds, empresa que busca altos executivos e consultoria em avaliação e desenvolvimento de lideranças. Com atuação junto a organizações públicas, privadas e sem fins lucrativos em mais de 26 países, a consultoria atua em todos os setores da economia. Apoia os clientes a construir equipes de líderes transformacionais que podem enfrentar os desafios de hoje e antecipar as tendências digitais, econômicas e políticas que estão remodelando o ambiente de negócios global.
Desde ajudar os conselhos administrativos com sua estrutura, cultura e eficácia até identificar, avaliar e definir a melhor liderança para as organizações, a empresa traz 52 anos de experiência para apoiar os clientes na solução de seus problemas de liderança mais complexos.
Serviço
www.russellreynolds.com
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