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A hora e a vez do TI verde

Quando falamos em Transformação Digital, a maioria dos nossos pensamentos está nos ganhos estratégicos e lucrativos – o que não é errado. Na realidade, o impulso pela digitalização de mercado tem sido um dos principais focos de grandes, pequenas e médias empresas que buscam elevar o nível de mercado. Sendo assim, essa busca se alinha automaticamente a outros fatores cruciais e extremamente adequados: sustentabilidade e posição social.

Conversando com o segmento de gestão de documentos, o exemplo se torna prático. Era comum que houvesse nos escritórios, diversos armários, com inúmeras pastas para organizar toda a papelada. Com a assinatura do Decreto 10.278/2020, que estabelece requisitos para a digitalização de documentos públicos e privados de modo a garantir que os arquivos digitalizados possuam os mesmos efeitos legais que suas versões físicas, a postura foi modificada O novo método permite até mesmo o descarte de determinados arquivos, contribuindo para ações sociais relevantes entre grandes corporações.

No sentido lato, o impulso das iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG) tem apresentado uma grande prioridade de organizações no desenvolvimento sustentável, englobando utilizações de tecnologias mais eficientes. O TI Verde se encaixa e participa de uma movimentação importante, já que os maiores conselhos das empresas querem que as suas organizações se alinhem ao que foi citado no início: agilidade, lucro e sustentabilidade. Além disso, grandes eventos, como a COP27, também mostram que posições fortificadas no mercado também são completamente benéficas.

Uma das maiores lições que o encontro quis passar é que as promessas de ESG devem sair do papel. Ainda assim, quando falamos em eliminação da tecnologia, uma das vertentes do TI Verde, podemos nos deparar com um caminho que vai totalmente na contramão do pensamento atual. Mas, assim como acontece com vários outros termos em tecnologia, as definições são mais claras quando contextualizadas no cenário em que atuam.

TI Verde refere-se a uma abordagem em que uma organização procura reduzir o impacto ambiental operacional do seu patrimônio informático. Isto acontece através de ações que aumentam a eficiência energética, tais como a otimização da utilização do servidor ou procurando implementar uma codificação ou software mais eficiente.

Sendo assim, as empresas precisam considerar abordagens TI Verde para ajudar a cumprir os compromissos de redução de carbono, especialmente porque muitas continuam a investir na área. Com base nesse contexto, de acordo com o Relatório de Desempenho de Sustentabilidade Ambiental 2021/2022 da Capgemini, as TI são responsáveis por cerca de 3% das emissões globais de CO2.

De início, uma das melhores coisas que uma empresa pode fazer ao iniciar o processo de TI Verde é avaliar o que tem em funcionamento em termos de infraestrutura e sintetizar onde podem ser feitas as melhorias. Além disso, práticas do dia a dia são cruciais, são elas: verificação do fornecedor que oferece recolhimento ao final do ciclo de vida do produto, uma vez que o fornecedor poderá realizar o descarte adequado e o reaproveitamento de peças e elementos metálicos; verificação do selo identificador do consumo energético com preferência a aqueles que consomem menos; reutilização de dispositivos que ainda possuam poder de processamento e desempenho para a realização das atividades; entre outros.

Assim, torna- se vital a sensibilização para a necessidade da sustentabilidade das TI e de uma estratégia abrangente. As organizações podem melhorar os seus esforços de sustentabilidade informática – conversando com o benefício próprio e com o alinhamento na busca por um mundo melhor em geral.

Por Marcelo Araújo, diretor Comercial na Ebox Gestão e Proteção da Informação S.A.

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