Na recente onda de digitalização nas empresas, um padrão pode ser notado: a adoção do low code para a modernização e transformação dos sistemas legados das empresas. Low code são plataformas que permitem criar portais, desenvolver aplicações e automatizar processos de forma mais estruturada, visual, eficiente e segura. Sua adoção é uma decisão acertada. Afinal, permite entregas estáveis, seguras e até dez vezes mais rápidas do que o tradicional pro code, além da maior facilidade do uso.
Uma pesquisa de janeiro feito pela IDC com 380 empresas mostrou que quase metade dos entrevistados estão comprando plataformas de low code ou no code para promover a inovação internamente. No estudo, os principais motivos para a compra das ferramentas de software foram necessidades relacionadas à pandemia, especialmente no time-to-market. As empresas viram as soluções low code/no code como uma ferramenta — rápida e sustentável — para modernizar os legados e entregar soluções mais inovadoras.
A popularização do low code ocorre num contexto em que o processo de modernização digital das empresas ainda é complexo. O excesso de opções disponíveis, a falta de profissionais qualificados, além da necessidade de entregas cada vez mais rápidas são fatores que dificultam a escolha das tecnologias que fazem sentido para cada empresa.
Isso tem feito com que as organizações tomem decisões equivocadas. A principal delas é investir em soluções que não são as mais indicadas, que variam conforme a necessidade e objetivo de negócio de cada empresa. Esse erro torna a solução operacionalmente mais complexa e de difícil evolução.
Outros equívocos são: empilhar licenciamentos e granularizar processos e soluções, elevando o custo e reduzindo o valor agregado; e considerar o uso do low code/no code apenas para soluções pequenas e localizadas, subestimando o real potencial de plataformas.
O resultado da falta de uma estratégia na Transformação Digital são gastos desnecessários, que impactarão os resultados financeiros por anos.
É nesse cenário que o low code ganha força. Além da eficiência gerada diretamente na velocidade da implantação, ele traz embarcado uma padronização e automação de aplicações e processos, uma manutenção simples, governança acurada e, consequentemente, um menor custo operacional.
Segundo a Forrester, a maior velocidade nas entregas de plataformas low code geram um potencial de retorno sobre o investimento de 500%.
Outro grande benefício do low code é a aderência às boas práticas de desenvolvimento e CI/CD (continuous integration/continuous delivery), ou seja, métodos que permitem realizar entregas de forma integrada e contínua, mitigando os riscos de delivery. Assim, o sistema pode evoluir continuamente com foco nas regras de negócios de cada cliente.
Vários estudos e pesquisas mostram que o low code já deixou de ser uma tendência para se tornar uma realidade. Mas ainda há muito espaço para crescimento. Segundo Gartner, até 2025, 70% dos novos aplicativos desenvolvidos pelas empresas utilizarão tecnologias low code ou no code –– muito acima dos 25% em 2020.
Por isso, a maior popularização do low code é questão de tempo. Afinal, quanto mais cedo as empresas se adaptarem ao futuro, mais competitivas serão no presente.
Por Leonardo Machado Silveira, líder do Projeto de Solução na NTT Data.
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