Fórum de Canais da Afrac discute inovação e Metaverso

A Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afrac) realizou na última terça-feira (18/10), em São Paulo, o Fórum de Canais, com o objetivo de debater as ferramentas e estratégias para impulsionar os negócios. “Chegou o momento agora de discutirmos o canal de distribuição. Para qualquer negócio, a penúltima e última milha são, de fato, o que materializa o negócio. Não adianta nada desenvolver o software, a máquina, falar com o governo sobre questões regulatórias se no final não tem quem venda, quem entregue ou dê crédito. Chegou agora a hora de discutir esta parte da cadeia de negócios”, disse Paulo Eduardo Guimarães na abertura do evento.

Mariano Gordinho, presidente da Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação, contou que as duas entidades têm atuado juntas há algum tempo. “A Abradisti tem uma parceria de longo tempo com a Afrac, tivemos oportunidades de atuarmos juntos e sempre tivemos como objetivo apoiar os canais. Já há alguns anos fazemos uma pesquisa junto às revendas do mercado de tecnologia, que batizamos de Censo das Revendas, desde 2017, juntamente com a Afrac. O objetivo é ouvir os canais, que de fato são quem falam com o cliente final na última milha”, comentou.

Claudenir Andrade, diretor de software da Afrac e diretor de Tecnologia e Marketing da Elgin Bematech, abordou o tema de inovação e Metaverso. Segundo ele, o mercado de automação possui cinco pilares atualmente, que as empresas devem levar em conta: é regulado pela Sefaz (Secretaria da Fazenda), atualmente é imprevisível, sensível a preço, o País é continental e os Millennials estão invandido o mercado. “Millennial é o filho do dono da padaria que está aposentando e ele está assumindo o negócio. Ele quer tudo online, com dashboards no celular. Eles estão invadindo o mercado de automação. O estabelecimento comercial está renovando e pedindo tecnologia móvel”, observou.

Para Andrade, o mercado hoje está frágil, ansioso, não linear e incompreensível. “Não dá mais para prever nada. Hora uma tecnologia está em alta, depois o Elon Musk faz um tweet e ela cai. Hoje é um pé em cada canoa. Por exemplo, Python, uma linguagem de 35 anos, está voltando, isso é incompreensível”, disse.

Em sua palestra, Andrade deu algumas dicas: não ignorar sinais de mudanças, estar atentos aos movimentos dos players (concorrentes), participar de eventos setoriais e ficar atento a pesquisas globais (Gartner, IDC etc). Em sua opinião, há tecnologias que foram disruptivas e que vale apostar, como mobilidade, rede social, Nuvem, Big Data e inteligência. “Não precisa estar em todas, mas em pelo menos uma delas”, comentou. “Vendas globais são uma realidade, quem não está apostando em Android, aposte, pois virou o Windows do PDV, considere os meios não formais de pagamentos, como criptomoedas, e adote o PDV híbrido, online e off-line”, completou.

Inovação e Metaverso

Para Andrade, a inovação acontece quando se tem uma ideia, uma dor, uma vontade, depois se inventa, faz protótipos e se faz o produto. “Não dá para ignorar sinais, o cliente que reclama é quem melhor ajuda a inovar. Inovar é fechar gaps, não é criar novos modelos. Inovação é quando alguém usa, se não usa é apenas invenção.

Existem dois tipos de inovação, disruptivas e incremental. “A disruptivas tem grande impacto e acaba com concorrentes, a incremental é quando melhora um pouco todo dia. Não temos de ter preconceito da inovação incremental. A empresa quer ser o próximo unicórnio, mas não precisa, pode ser um camelo que sobrevive no deserto, tem muito unicórnio derretendo por aí. Antes de ser disruptivas, a inovação foi incremental, não tem inovação nascendo disruptivas”, explicou.

Sobre o NFT, Token não Fungível. Andrade explicou que fungível quer dizer único, que não dá trocar. O NFT é um ativo digital único, que tem um Smart Contract com benefícios. “O Neymar pagou US$ 6 milhões em um NFT e ganhou benefícios, como ir à Ibiza com dez pessoas e tomar champanhe de US$ 200 mil sem pagar nada. Pode ir dez vezes para Mônaco sem pagar nada, pois já pagou pela NFT. É, no fundo, um clube de benefícios”, disse. “Na Elgin criamos as nossas NFTs para software houses. Distribuímos 50 NFTs para early adopters, agora estamos mais próximos deles para falar sobre Metaverso. Por essa iniciativa ganhamos um prêmio da Intel”, finalizou.

Serviço
www.afrac.com.br